‘Esporte Espetacular’ destaca reportagens de Mário Filho e narração de Jorge Cury

Textos do jornalista Mário Filho, que dá nome ao estádio do Maracanã e a locução do principal narrador esportivo da Rádio Globo do Rio de Janeiro na década de 1960 foram usados pela reportagem do ‘Esporte Espetacular’, da Rede Globo, neste domingo, para comemorar os 50 anos da conquista do bi-campeonato mundial da Seleção Brasileira de futebol, informa o Comunique-se.

O repórter Guilherme Roseguini afirma, em off, que boa parte da matéria está relatada no livro Copa do Mundo, 1962, do jornalista Mario Filho. “Uma obra perdida do tempo”, define o funcionário da TV Globo. A reportagem do ‘Esporte Espetacular’ citou trechos da publicação do jornalista que cobriu a Copa do Mundo daquele ano e produziu reportagens sobre a tensão da equipe com a contusão de Pelé no segundo jogo da competição e o nervosismo que tomou conta dos atletas na véspera da final contra a Tchecoslováquia. A “manobra” para fazer Garrincha, expulso na semifinal contra o Chile, jogar a finalíssima também foi registrada pelo jornalista e reproduzida pela Globo.

No livro, Mario Filho informa que o chefe da delegação brasileira, Paulo Machado de Carvalho, manipulou o sumiço do árbitro. “Paulo Machado de Carvalho baixou a voz: ‘não espalha, Zezé, fica quieto; o Garrincha não vai ser suspenso”.  Segundo o jornalista, Zezé Moreira, membro da comissão técnica, “sussurrou com medo”. “O senhor garante?”, relata. “O juiz não viu e o Esteban Marino embarca no primeiro voo para Montevidéu”, encerrou a conversa o chefe da delegação na Copa.

Com Garrincha em campo, o Brasil venceu a Tchecoslováquia por 3 a 1. A narração dos gols da partida foi reproduzida pelo ‘Globo Esporte’, com o áudio de Jorge Curi, então locutor da Rádio Globo do Rio de Janeiro.

Além da Rede Globo, outros veículos de comunicação destacaram o aniversário de 50 anos da conquista. Rádio Jovem Pan e TV Band foram algumas das emissoras que produziram reportagens sobre o bi-campeonato mundial do Brasil. Em seu perfil no Facebook, o jornalista Octávio Muniz citou a entrevista que Pelé concedeu a seu pai, o então repórter esportivo Otávio Munis. Havia a expectativa do “rei” jogar a final, e Munis propôs a realização de duas entrevistas. “Uma você vai jogar e na outra você está fora? Porque eu as enviarei para o Brasil, para a Panamericana (hoje Jovem Pan) e quando sair a decisão do Dr. Gosling a gente coloca a correta no ar!".

Muniz, o filho, informa que seu pai gostava de contar esse momento de sua profissão. “Uma passagem que ele contava com enorme orgulho era a das duas entrevistas com Pelé, foi assim...Pelé se machucou e ninguém sabia se ele voltaria para a final, então, dias antes do jogo com a Tchecoslováquia”, descreve o jornalista. “Pelé aceitou e Munis fez as duas matérias, indo pro ar aquela em que Pelé lamentava a ausência, trabalho que fez o papai ser premiado pela inovação e esforço. Boas lembranças”, comenta Octávio Muniz, que vai narrar as Olimpíadas pela Record.

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