Neste domingo, a Rádio 730 AM soltou um comunicado no ar criticando a atitude da Federação Goiana de Futebol. Confira abaixo a nota na integra:
Censura
O ouvinte sabe que a Rádio 730 tem uma história de 71 anos e vai nos acompanhar em mais um episódio de superação. Nossa Rádio Clube, pioneira em Goiás, nunca deixou de ser corajosa e independente. Não se acovardaria agora, pois o que vamos narrar é exemplo de covardia.
Só a Rádio Clube transmitiu todas as Copas do Mundo, desde a de 1998, na França, até a de 2010, na África do Sul, como Rádio K do Brasil e 730. A tradição continua. Estaremos na cobertura da Copa das Confederações em 2013 e na Copa do Mundo em 2014.
Não fazemos concessão no que toca à qualidade de nosso trabalho. Todo esforço é pouco para levar até você, ouvinte, a melhor cobertura da nossa Seleção em qualquer parte do Brasil e do Mundo.
Nos dois últimos amistosos, estivemos no Morumbi, em São Paulo, e no Arruda, em Recife.
Na próxima quarta-feira teremos o clássico Brasil e Argentina aqui em Goiânia. A exemplo de todos os jogos da Seleção Brasileira no nosso estado – a Rádio 730 sempre traçou uma estratégia para cobertura do dia-a-dia do Brasil. Num gesto de tirania, a Federação Goiana de Futebol atrapalhou o nosso trabalho.
Quando alguém quer fazer uma covardia, passa por cima de acordos, anula a tradição. A própria Confederação Brasileira de Futebol mudou de dirigente e a esperança é que mude igualmente de rumos. Infelizmente, a sua congênere local está fazendo o caminho oposto. O máximo que a Federação Goiana de Futebol planeja mudar é para pior.
Numa covardia com os ouvintes, a FGF tomou uma decisão política de baixa categoria, numa absurda e injustificável obstrução à atuação da imprensa. A entidade limitou o acesso à seleção, mas não vamos nos acovardar. Se o que a FGF esperava era o silêncio de uma emissora que nunca se calou em sete décadas de história, ela vai ter o oposto.
Temos um débito com a história da Rádio Clube de Goiânia. Vamos saldá-lo e da melhor maneira possível: fazendo uma cobertura isenta de tudo o que acontece no futebol, não apenas no jogo da Seleção, mas nas jogadas de bastidores que ocorrem e da qual o torcedor não participa.
A FGF deveria estar preocupada com o futebol, não com meios sorrateiros para tentar destruir a nossa história de cobertura em grandes eventos.
Lamentável, igualmente, que o governo do Estado de Goiás esteja como suspeito de participar desta tramoia nos subterrâneos.
O maior problema é esconder do torcedor que seu dinheiro está sendo gasto com políticos para eles traírem a sua confiança.
A melhor resposta à ditadura é nos mantermos no ar, com todo o talento de nossas equipes, a tradição das coberturas de altíssimo nível e a potência de nossos transmissores. Aliás, quem já teve os transmissores lacrados tantas vezes não vai temer espirros de chefete que manda e desmanda. Na moralização do futebol, o cacique nacional caiu. Vamos lutar para que o caciquinho local não continue derrubando.
Obrigado pela atenção e pelo carinho da audiência.
Por sua vez, a Federação Goiana de Futebol (FGF), por meio de seu presidente, André Pitta, afirmou que não tem nenhuma influencia junto ao Mercure Goiânia Hotel e que as reservas são feitas pelo pessoal da CBF. A entidade também soltou uma nota oficial sobre o assunto, cuja íntegra pode ser acompanhada abaixo.
Em resposta à nota divulgada hoje, 15, na rádio 730 e no seu portal de noticias, a Federação Goiana de Futebol, se sente obrigada a apresentar sua posição com relação às acusações infundadas feitas por este veiculo de comunicação.
A história da rádio 730 se confunde com a do futebol goiano, assim como a da Federação Goiana de Futebol (FGF). Entidade e veiculo sempre trabalharam em parceria pelo desenvolvimento do futebol em nosso estado e na busca de oportunidades que gerem maior visibilidade ao futebol de Goiás.
Neste referido episódio, a rádio acusa a FGF de, com tirania, atrapalhar o trabalho dos profissionais envolvidos nas coberturas da rádio. Esta acusação não é verdadeira. A FGF sempre apoiou a imprensa esportiva do estado de Goiás em todas as suas necessidades, sempre foi parceira dos veículos na busca de espaços em eventos nacionais e internacionais para que a cobertura sempre privilegiasse nossos veículos e nossos torcedores.
A FGF sempre trabalhou e continua trabalhando para preservar, principalmente em nosso Estado, o espaço para os profissionais da imprensa esportiva próximo das equipes, principalmente da Seleção Brasileira de futebol. Haja visto que em todos os jogos da seleção em Goiás a Rádio 730 esteve em todos os espaços possíveis de acesso à imprensa e fez, como é usual, uma bela cobertura para o nosso torcedor.
No entanto, a FGF não pode aceitar que injúrias com relação à sua atuação sejam ditas. A lisura com que esta entidade trabalha pelo crescimento do futebol goiano e agora, e principalmente, com jogos internacionais em nossa capital, não pode ser questionada.
A Federação está sendo acusada sem qualquer propósito e de forma injustificada. Os profissionais da rádio serão todos credenciados, a transmissão do jogo do Brasil X Argentina será autorizada.
A informação que se tem é que a única concessão que a rádio não tem é a liberação de uma sala no hotel da seleção para montar seu estúdio para sua cobertura diária. Neste caso, não cabe á FGF liberar espaço em um hotel particular. Portanto, a Federação Goiana de Futebol, não entende o motivo que levou a Rádio 730 a fazer tais acusações contra a FGF.
FEDERAÇÃO GOIANA DE FUTEBOL
Autor: Assessoria de Imprensa
Fonte: Kasane Comunicação
ATUALIZAÇÃO (18/9 - 13h05): De acordo com o Blog do Cleuber Carlos, a Rádio 730 AM retirou do seu site o comunicado acima mencionado. Porém, o episódio terá como consequência a retirada do privilégio da emissora na festa oficial de encerramento do Campeonato Goiano, a partir de 2013.