Repórter de jornal é atacado no Twitter por funcionários do Bahia

Na última sexta-feira, André Uzêda, repórter do jornal A Tarde de Salvador, estava realizando fechamento do caderno de esporte de domingo quando começou a receber ofensas e ameaças em sua página pessoal no Twitter. As mensagens partiam de Bruno Brizeno, funcionário do Bahia; e Sérgio Queiroz Bezerra, braço direito do presidente da equipe. Além disso, participaram da ação na rede social o radialista da Itapoan FM, José Eduardo, conhecido como Bocão, e Luis Gustavo Alves, irmão e diretor do site notícias Bocão News.

Nos posts, o grupo não só atacou a honra pessoal do jornalista, bem como fizeram ameaças contra sua pessoa. Segundo Uzêda, as mensagens surgiram após a publicação de matérias sobre os bastidores do clube, que mostravam, entre outras coisas, que em 2011, o Bahia fechou o ano com déficit de R$ 18 milhões, além de revelar inclusão de conselheiros irregulares no Conselho Deliberativo do time.

Não bastasse o envio de ataques pessoais ao jornalista em seu Twitter, os agressores possivelmente criaram uma conta falsa na rede social em seu nome e passaram a publicar mensagens inverídicas sobre ele.

Tentando resolver a situação, Uzêda entrou em contato por telefone com Bocão, para entender porque ele, um colega de imprensa, havia postado mensagens negativas sobre ele no Twitter. Segundo o jornalista, o radialista disse que ele "estava se achando muito estrelinha" e que poderia resolver as coisas pessoalmente, insinuando uma briga com o repórter. Quando o jornalista de A Tarde disse que só resolvia questões por meios legais, ouviu de Bocão que tinha "mais de 180 processos nas costas e que um a mais não faria diferença".

Ao Portal Imprensa, Uzêda revelou que ainda não sabe quais medidas tomará com relação a isso. "Já comuniquei a direção do jornal e o setor jurídico já está a par do caso". O repórter também revelou que A Tarde está apoiando seu trabalho.

Questionado sobre possível retaliações físicas dos responsáveis pelos ataques no Twitter, o jornalista afirma que a situação não deva chegar a este ponto. "Eles já extrapolaram demais, acredito que não cheguem a algo além disso", comenta.

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