Colunista fala da relação Globo/UFC |
Curioso como sou, ontem venci o sono e a vontade de desligar a tevê, para tentar entender se havia alguma razão nisso. Acredite, há muita.
O UFC é um esporte em ascensão e que nos últimos anos, carrega multidões para onde quer que vá. Os eventos são realizados em estádios, arenas, países diferentes entre si e em todos eles, os ingressos são disputados e o evento está sempre lotado. Criar um Big Brother da luta e com lutadores foi um passo natural.
No TUF há dois técnicos que montam e treinam suas equipes para dois confrontos por programa e ao final do programa, o lutador-vencedor será contratado pelo UFC e os dois técnicos, se enfrentarão.
Infelizmente a Rede Globo é a detentora dos direitos. Os cards do UFC acontecem invariavelmente na madrugada, porque boa parte dos eventos é nos EUA, então a culpa é do fuso-horário. Mas com o programa brasileiro, não. Se quando vai transmitir o UFC, ela muito mal o divulga e o valoriza, com o TUF não é diferente.
A impressão que dá é que o programa está ali por obrigação. Ontem, começou às 0h35, com duração de quase 60min, incluindo aí os comerciais e terminando 1h30min. Por mais fã que sejamos a maioria dos mortais precisa levantar para trabalhar no dia seguinte. E o programa tem sua reprise, uma vez na semana, no canal Combate. E o horário? Pois é, novamente na madrugada. Amanhã, 12/05, vai ao ar à meia-noite.
Nessa edição, Anderson Silva era o técnico no começo e havia toda a espera pela sua reação quando comunicasse a licença do programa por causa do doping. Nem isso foi explorado. Novamente a audiência é baixa e a repercussão do programa nenhuma, ao contrário da sua temporada de estreia, quando foi comentado em toda a grade de programação.
Fica claro que excetuando o público do futebol, os demais programas esportivos apenas preenchem espaços na grade de programação. O TUF é maltratado por ser o menos procurado deles. Então, nada de amor e carinho com os lutadores.
Alipio Jr. - colunista do Esporteemidia.com
@alipiojr