Sócrates chegou a dizer que Casagrande havia "se vendido" a Globo; entenda

Casagrande e Sócrates nos anos 80 (Foto: Gazeta Press)
Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira e Walter Casagrande Júnior foram companheiros de trabalho no Corinthians por apenas dois anos e meio, mas foi o bastante para, nas palavras do comentarista da Globo, fazerem um estrago danado.

A unir aqueles dois jogadores de futebol, o gosto pela música, pela cerveja, pela política, pelas festas e, sobretudo, o gosto pela liberdade. Foi em nome dela que criaram a Democracia Corintiana, movimento que chacoalhou o futebol brasileiro nos anos 80, e mergulharam fundo no movimento pelas Diretas Já, frustrado em uma votação na Câmara Federal.

Com o passar dos anos, os dois se distanciaram, e até alimentaram ressentimentos mútuos. Sócrates se incomodava com o sucesso do amigo na Globo, enquanto Casagrande se irritava com o comportamento errático do Doutor, sempre chegando atrasado aos compromissos, sempre abandonando seus inúmeros projetos pela metade.

O ponto mais baixo da amizade ocorreu quando Sócrates, dias depois de ter pedido ajuda a Casagrande para conseguir um posto de comentarista da Globo, zombou do ex-companheiro em um restaurante, diante de vários amigos em comum, dizendo que ele havia "se vendido" para a maior emissora do país.

O reencontro dos dois ídolos corintianos ocorreu poucos dias antes da morte de Sócrates, em dezembro de 2011. A saudade do parceiro levou Casagrande a colocar a história da amizade deles (uma história de amor, como prefere dizer o ex-atacante) em livro, o seu segundo, aliás.

Se no primeiro ('Casagrande e seus demônios', lançado em 2013) ele expôs de modo nu e cru a sua dependência química, no segundo ('Sócrates & Casagrande - Uma história de amor'), mais uma vez escrito em parceria com Gilvan Ribeiro, editor de esportes do jornal "Agora São Paulo", ele lembra em detalhes uma das mais marcantes parcerias que o nosso futebol já viu. O livro será lançado nesta terça-feira (12), às 19h00, em São Paulo.

Em entrevista à Folha de S. Paulo, por Mateus Silva Aves, Casagrande falou muito sobre Sócrates, mas também sobre o livro e o orgulho que sente por ser reconhecido nas ruas como um exemplo de dependente químico que venceu a luta contra as drogas.

Para ler trechos da entrevista, clique aqui.

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