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| Colunista celebra sua centésima publicação sobre mídia esportiva (Foto: Reprodução) |
Eis a coluna centenária. Ela é tão importante como a coluna #1; a #13; a #34 ou a #99, sem mais, nem menos que qualquer uma, anterior ou posterior. Colunas são colunas, mas pela mística do número cem, quero escrever sobre escrever colunas. A história no Esporte e Mídia nasceu na época que escrevia regularmente para um blog, um projeto em falência de alguns fan-boys de operadora. Ao visitar o banner do Esporte e Mídia e entrei em contato com Ribamar, durante a Copa do Mundo Brasil-14. O espaço me é caro por constituir-se como uma linha de fuga das escritas acadêmicas do dia a dia. Um momento de “livre-pensar” e de navegar em novas águas.
Na navegação já aportei em diversos portos. Alguns interessantes, como a discussão com leitores na rua. Já fui surpreendido em um mercado por um desconhecido sobre a coluna. Com o debate no ambiente de trabalho. Alguns portos mais turbulentos, como as ameaças que alguns de Londrina fizeram depois de uma coluna mais ácida. Escrever é uma aventura por águas desconhecidas que refletem nas caixas de comentários. A reação do leitor é imensurável. Gosto de perceber como o leitor reage as palavras.
O ato de escrever é apenas para reação. Os textos não têm intenção para a verdade. São apenas linhas para provocar, discutir, debater... ou como digo para meus alunos, os textos estão para “semear a discórdia”. Algumas vezes consigo, outras eles caem na vala da indiferença. Mas quando algo é escrito e cai no fluxo do ciberespaço, o escritor perde o direito de posse sobre elas. Os textos pertencem aos olhos do leitor que interpretam conforme suas possibilidades.
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Albio Melchioretto (Colunista)
Contato: albio.melchioretto@gmail.com
Twitter: @amelchioretto |
Pensar sobre a mídia esportiva é refletir a mídia. Não consigo mais ver um telejornal, um seriado ou um programa da mesma forma. E escrevo com esta intenção. No mundo controlado pela audiência, não há espaço para coincidências como também não há lugar para a verdade. Todas as linhas editoriais estão carregas de interesses comerciais. Não falo de ideologias, mas de escusas financeiras que fazem uns serem criticados e outros silenciados. Vide a forma como os diferentes canais reagiram as vaias a Temer... não há espaço para inocência. Se assim o fazem com este que governa, também o fazem com os cartolas. Existe uma promiscuidade legitimada pelo sucesso ou fracasso e também eu, neste espaço, ora nas linhas, ora nas entrelinhas, também deixo minhas opções desenhadas. Como você leitor também o faz. E assim nós vivemos. Espero que seja até a coluna #200 e lá renovar para mais cem...
Mas até chegar, quais são os temas de teu interesse para esta coluna?
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