Colunista faz um passeio histórico sobre os Jogos Olímpicos (Foto: Reprodução) |
Ao longo da semana busquei na memória as diversas coberturas olímpicas que experimentei. Lembro do SBT romper a programação de desenhos animados em 1988 para noticiar o ouro de Aurélio Miguel, ele estava em todos jornais, e com oito anos tentava entender o que era aquele esporte chamado judô. Em fevereiro de 1992 numa tarde de verão com um calor daqueles, sem ventilador, assisti a abertura dos jogos de Albertville pela extinta Manchete e ficava maravilhado com tantas possibilidades de esporte na neve de das tratativas de formar um novo cíclico olímpico de dois anos. Meses depois, vi o ouro inédito no Vôlei brasileiro com a voz marcante de Luiz Alfredo na Globo. De Atlanta e Sydney pouca coisa lembro por estar em um colégio interno, mas me ausentei da aula da faculdade para vivenciar o fracasso do futebol frente Camarões, repetindo a lógica anterior frente a Nigéria. Falo em fracasso, não por desconsiderar a medalha, mas pelo futebol pouco competitivo. Em 2008 em Pequim o fiz via BAND e GLOBO. Acordava mais cedo que o habitual para ver um pouco dos jogos. À noite, acompanhava boletins pela rádio. Em 2010 com assinatura pude então acompanhar uma cobertura mais ampla, onde Record e Record News mostraram temas interessantes da neve em Vancouver. Londres, 2012, os primeiros jogos em alta definição, um show de imagem na abertura, muito lindo, experiência que repeti novamente em Sochi, 2014, e agora com múltiplos canais e todos em alta definição vou deliciar-me.
Chegada a hora do Rio de Janeiro, já fiz um estoque de pipocas, e você, por qual canal pretende acompanhar?
Albio Melchioretto (Colunista) Contato: albio.melchioretto@gmail.com Twitter: @amelchioretto |
Além destes, a TV Brasil, se não for extinta por este governo, pretendo mostrar os jogos Paraolímpicos. Acompanhemos. Mas o após Rio-16 o que será no esporte olímpico? Há quem fale em demissões nos grupos Bandeirantes e Record. Os demais canais já fizeram contratos temporários. E como ficará o atleta? Teremos apenas um esporte de ocasião, e tudo voltará a ser o que era, ou pior. Com a onda de corte de gastos deste governo, iniciativas de apoio ao esporte já são sabidas que cessarão. Então, sem incentivo financeiro e a minimização de exposição, já sabemos o que esperar em Tóquio-20. É uma pena que tenhamos um tratamento de ocasião e não um apoio forte e efetivo ao esporte olímpico. Embora a crítica, é preciso fazer uma ressalva a dois canais, o Bandsports e a Sportv que apresentam muito esporte olímpico, mas vemos pouco esporte de ocasião.
Campeão olímpico se faz com televisão também.
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