Alipio Jr. #109: Quando confrontar?

Colunista comenta a participação de Vanderlei Luxemburgo no "Bem, Amigos!" (Foto: Reprodução)
Essa foi uma semana movimentada na mídia esportiva brasileira. Foram tantas celeumas que se você não se cuidar, perde os assuntos e fica sem saber sobre o que escrever. Mais ou menos como eu. Preparei e alterei o texto umas 3 vezes, por considerar que este ou aquele proporiam uma discussão interessante.

Dentre tantos temas possíveis quero falar de algo que pude ver e rever na última segunda-feira, no programa “Bem, Amigos!” do canal SPORTV, que foi a sabatina ao treinador Vanderlei Luxemburgo. Como é de conhecimento de todos Luxemburgo conseguiu ir muito mal na 2ª divisão chinesa. Seu clube contratou os jogadores que ele pediu, atravessou o mundo para treinar em Atibaia e mesmo assim o desempenho era pífio.

Curioso notar que após sua demissão contrataram para o seu lugar o italiano Cannavaro e com ele o time conseguiu reencontrar o caminho das vitórias, com o mesmo grupo de jogadores, grande parte deles brasileiros contratados, vejam vocês, pelo treinador brasileiro.

O experiente treinador voltou ao país e parecia disposto a voltar ao mercado de trabalho e para isso, nada mais nada menos que a exposição em programas de entrevistas. É a maneira mais rápida de convencer algum incauto a comprar seu “projeto” e torrar dinheiro nas suas sandices. Ledo engano.

Luxemburgo foi sabatinado e confrontado de tantas maneiras que parecia um boxeador encurralado no corner e desesperado para que ou jogassem a toalha branca ou soasse o final do round. E aí quero saber do leitor: Os entrevistados agiram corretamente ao serem tão duros com ele?

Alipio Jr. - colunista do Esporteemidia.com
@alipioj
Entenda que não discordo de nenhuma das perguntas e das indagações feitas a ele enquanto profissional. Seu pedantismo e sua centralização de poder, escorado no vexaminoso discurso e na clara demonstração de desconhecimento do mercado e da evolução do futebol deram essa brecha, entretanto o profissional de comunicação não precisa ter mais autocontrole?

Cléber Machado claramente excedeu-se. Num programa gravado é possível que o diretor interrompa, ofereça água e uns belisquetes a todos e a edição se encarrega de fazer o resto. Num programa ao vivo não, virou um debate acalorado e enquanto Luxemburgo se enforcava, os entrevistadores demonstraram que também estavam a ponto de perder a fleuma.

O profissionalismo precisa estar presente em todos os momentos, independente de como a outra parte age e reage. Não estou apregoando que houvesse complacência ou coisa do tipo, mas que a contundência fosse na clareza do discurso e não no volume da voz.  

E para você, nobre leitor, houve excesso dos entrevistadores ou na mesa redonda (do bar) tudo é possível?

Um grande abraço e até a próxima.

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