Alipio Jr. #111: Faça o que eu digo... (Parte I)

Colunista lembra entrevero de Mário Sérgio e Rodrigo Bueno no FOX Sports (Reprodução)
O brasileiro é um treinador, crítico, desportista acima da média e especialista em qualquer esporte, por natureza. Já lemos isso em diversos lugares, ouvimos em programas de televisão e comprovamos no dia-a-dia, no trabalho ou na mesa de bar. Quando Gustavo Kuerten despontou e começou a ganhar torneios, lembro-me de um bate-papo antes da pelada de final de semana, entre dois colegas:

“– Guga precisa aprimorar o backhand”.

“– Que nada! Deixa ele partir pro approach e abusar do drop shot!”

Nenhum deles sequer tinha visto uma raquete oficial de tênis. Mas o destaque no esporte, no noticiário esportivo e a repetição de termos, fez com que se declarassem entendidos do assunto e opinassem.

No futebol isso é ainda pior. Sabemos. Se o Tite me ligar consigo dar umas dicas de melhora na escalação e trocar uma ideia sobre variáveis no esquema de jogo. Tenho certeza que cada leitor também seria capaz de algo similar, seja lá o time que for.

Alipio Jr.
@alipioj
Ser comentarista de futebol nos canais esportivos é mais ou menos isso e perdoe-me se parecer que estou desmerecendo a função. Longe disso. Entretanto o comentarista é alguém que ou estudou ou transferiu-se do campo para a cabine de televisão/ rádio.

Dividirei essa coluna em 2 partes, pois não quero cansá-los com um texto gigantesco, afinal aqui não é o Facebook e a ideia é gerar o debate saudável.

Vejamos por exemplo, o caso do Mário Sergio, autor de diversas pérolas esquecíveis nos microfones da FOX Sports:

Como jogador passou por diversos clubes brasileiros, foi campeão em algum deles, mas sempre teve fama de indisciplinado e em muitos locais foi rejeitado por isso. Fez a passagem para o lado da prancheta e não brilhou. No Vitória, onde iniciou, foi mediano e no Corinthians, além de brigar com jogadores, abandonou o clube para ser comentarista de tevê. Tentou retomar a carreira e foi tão risível quanto antes e o único brilho que conseguiu foi no Internacional, ao suceder Tite em 2009.

Numa discussão com Rodrigo Bueno, disse que podia falar sobre treinadores e ele não, pois havia sido um. Passou vergonha quando Bueno o lembrou do desempenho pífio na função e pelo fato de não ter deixado saudade em nenhum local.

Ele pode cornetar qualquer time como você e eu? Pode, claro! Mas precisa baixar a bola e vociferar menos, pois quando recebeu a oportunidade de colocar o discurso na prática escamoteou e demonstrou muita incompetência. É um caso exemplar de “faça o que eu digo, mas não faça nunca o que eu faço”.

Na semana que vem falaremos de outros comentaristas dos demais canais, que foram profissionais no campo e até lá, diga nos comentários o que você acha deste e dos demais. Ah! Falaremos dos profissionais de rádio também.

Abraços e até a próxima.

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