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| Neto no 'Bola da Vez' da ESPN Brasil (Reprodução) |
"Dessa pressão que eu tenho como apresentador, que não sou, eu estou como apresentador e comentarista, a única coisa que eu procurei compreender é que deveria estudar mais e escutar as outras pessoas, que é um pouquinho difícil eu ter esse discernimento de escutar. O meu medo maior é de não ser o que eu sou. Não falar o que eu falo, não ser honesto comigo. Eu já fiz coisas que eu não gostaria de fazer. Já faz dois anos que não coloco imagens de brigas de torcidas nos dois programas que eu faço. Não dou moral pra bandido, para vagabundo. Antes, eu achava que tinha que colocar para dar audiência", relembrou.
Questionado pelo apresentador Dan Stulbach sobre o que faz hoje para dar audiência, Neto explicou explorar a discussão, o debate sobre cada tema ali,, algo que, segundo ele, descobriu por acaso, sem que tivesse noção, que rende resultado na TV.
"Tenho uma coisa muito legal que eu faço pra dar audiência e que eu aprendi sem saber: Eu discuto os fatos. Se a gente discute os fatos, dá audiência, as pessoas param pra te escutar. Por exemplo: Por que o São Paulo não tem atacante? Vamos discutir os fatos. Por que o Corinthians tá com problema na sua administração? Vamos discutir os fatos. Por que o país tem só um ídolo que é o Sérgio Moro? Vamos discutir os fatos. Conversei com o Cascão [diretor do programa]: 'Não vamos embelezar, não vamos criar um negócio para dar…', a gente foi fazendo, fazendo, fazendo, e começou a dar certo, aí falei: 'vamos discutir os fatos que eu acho que é o que falta pra nós'", contou.
"Ninguém imaginava que eu ia ser essa po***", disse, para depois enfatizar as diferenças dele para outros modelos de comentarista e apresentador, ao ser perguntado como alguém com seu perfil foi parar na televisão.
"Por exemplo, um pênalti [na transmissão] na Globo, aí o Caio tá comentando e fala assim: 'Olha, é, talvez, pode ser, mas eu vou esperar o replay'. Pô, eu não sou esse tipo de comentarista. Ou é ou não é. Ai eu pego como apresentador, vou começar o programa e falar do Corinthians. 'Se o Corinthians não ficar esperto, o estádio vai ser fechado', eu falo isso. Acho que o meu sucesso, de uma certa maneira, ele veio, não imaginava, não era pra dar certo. Primeiro porque tive problema de não ter estudado e pra trabalhar na televisão tem que no mínimo falar bem, mas aí fui observando as pessoas trabalharem e falei: 'Acho que tenho condições de ir por aqui'. E foi dando tão certo, tão certo que tenho programa no Bandsports líder de audiência e o Os Donos da Bola que todo dia dou 3 pontos de média", destacou.
No programa, Neto também apontou três pessoas que diz não gostar. Sebastião Lazaroni, Felipão, e Mário Sérgio, atualmente comentarista do Fox Sports. E a queixa de Neto em relação a este último foi justamente quando Mário era comentarista da Band nos Anos 90.
"Outra pessoa que me fez um mal foi o Mário Sérgio, um cara que quando começou a ser comentarista foi muito desleal comigo. No jogo de 1990 [final do Brasileiro, vitória de 1 a 0 sobre o São Paulo que rendeu conquista até então inédita para o Corinthians], quando eu pedi pra sair para o Ezequiel entrar – não foi o Nelsinho [técnico] que tirou, não, eu que pedi pra sair -, eu dei entrevista só para o Datena e o Mário Sérgio foi muito, mas muito, muito, muito ruim comigo. O que ele fez comigo não tem perdão. Desde que tivesse humildade pra conversar comigo, eu o perdoaria, mas ele nunca teve essa humildade, porque ele me usou durante um bom tempo. E quando eu saí [de campo], o último comentário dele foi assim, ó: 'Não falei? O Corinthians vai ser campeão sem o Neto dentro do campo'", recordou, magoado com a crítica do hoje colega de profissão na TV.
Para ver vídeos da participação de Neto no 'Bola da Vez', clique neste link.
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