PVC e Osvaldo Pascoal sobem tom de debate no 'Expediente Futebol' do FOX Sports

Debate acalorado ocorreu por conta da denúncia da CBF contra o Internacional (Reprodução)
A denúncia da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) desta sexta-feira (9) sobre suposto uso de documento falso por parte de Internacional na petição apresentada para reabrir o caso envolvendo a transferência e registro do zagueiro do Vitória, Victor Ramos, emprestado pelo Monterrey-MEX, gerou debate acalorado entre os comentaristas Osvaldo Pascoal e Paulo Vinicius Coelho no programa 'Expediente Futebol', do FOX Sports. As informações são do UOL Esporte.

''Não é defender o Internacional, mas tem que apurar o caso. Tô dizendo isso pela perplexidade do (Vitorio) Piffero na descida do ônibus (em desembarque do clube colorado no Rio de Janeiro, visando ao jogo de domingo contra o Fluminense). A gente tem uma indústria hoje na internet de mandar um monte de informação falsa e tudo mais, e o departamento jurídico do Inter tem que pegar qualquer coisa que receba e ter muito critério, muito cuidado, como todos nós que recebemos inúmeros e-mails com informações fajutas. Outro dia tinha um áudio rolando sobre o Roger no vestiário do Grêmio que não tinha nada a ver, que era absoluta mentira. Você pega a informação, ouve, checa, recheca, tem certeza e faz alguma coisa com aquilo ou não faz nada. Era o caso do Internacional, mas não tô dizendo que foi isso que aconteceu. Existe uma possibilidade de o Internacional ter culpa no cartório e de não ter sido ele o falsificador do e-mail, ou seja…'', tentou argumentar, cauteloso, sobre o caso, PVC, quando foi interrompido por Pascoal.

''Pera um pouquinho, Paulo. Pera um pouquinho, Paulo. O Internacional tem que ser no mínimo diligente nessa hora'', indignou-se.

''É o que eu tô dizendo'', devolveu, mais calmo, Paulo Vinicius Coelho, ao contrário do companheiro de Fox.

''O advogado é pago pra isso, pera um pouquinho. Eu não vou passar pano pra Internacional, nenhum'', elevou o tom, Pascoal.

''Ô Pascoal. Eu não tô passando pano'', enfatizou PVC. Em vão. ''Eu não vou passar pano, não. Se entrou com documento falso na CBF, tem que pagar por isso'', disparou o colega comentarista. ''Eu não disse o contrário'', devolveu PVC.

''Que conversa é essa de pode ser, pode não ser? Eu não passo pano para o Internacional'', voltou à carga Pascoal, contrariado com a argumentação mais cautelosa de Paulo Vinicius Coelho no programa. ''Você pode me deixar concluir, por favor?'', pediu PVC.

''Mas é que tá muito assim: passo o pano, passo o pano. Isso não me agrada. Desculpa, isso não me agrada'', voltou a subir o tom da voz Pascoal.

''Vou voltar a dizer o que disse no começo, você não precisa concordar comigo, Pascoal. Também não precisa ficar bravo'', avisou PVC, desconfortável com a histeria do companheiro ali.

''Não, isso não me agrada. Eu não gosto, eu não gosto disso, é uma posição minha. Eu não gosto'', seguiu irritado, Pascoal.

''Eu tô dizendo o seguinte: não tô defendendo o Internacional, não tenho procuração para defender o Internacional. Acho que se tem culpa, tem que pagar por isso, evidente. Tô dizendo apenas que uma possibilidade, pela perplexidade do Vitorio Piffero na descida do ônibus, é que o Inter tenha recebido um documento e não apurado direito e não ter sido ele o falsificador. É uma das coisas que pode apurar, checar'', opinou PVC.

''Mas apresentou o documento'', retrucou Pascoal.

''Agora, independentemente disso, independentemente disso, deixa eu concluir, por favor!'', perdeu a paciência PVC, agora também se exaltando, após sucessivas interrupções do colega de Fox.

E prosseguiu: ''independentemente disso, se aconteceu, tem que ser punido, é lógico que sim. Se eu apresentador um documento falso, vou ser punido, preso, vou pagar por falsidade ideológica. Agora, isso não exclui que eu possa levantar a hipótese de não ter sido ele o falsificador, porque é muito esquisita a essa história.''

''Mas se utilizou do artifício, Paulo'', rebateu Pascoal, mais calmo. ''Eu disse a mesma coisa que você tá dizendo, eu concordo'', devolveu PVC.

''Eu não gosto desse negócio, Paulo. É só a minha visão'', enfatizou Pascoal, ainda insatisfeito com a forma de pensar do colega.

''Eu não tô passando o pano, Pascoal. Não tô passando pano. Tô colocando possibilidades'', tentou mais uma vez deixar claro seu pensamento, PVC.

''Eu não cogito (inocência do Internacional). Se a CBF apresentou um documento tão duro, de uma forma tão presente, a CBF sabe o que ta falando'', avaliou Pascoal.

''A CBF sempre foi acusado e recuou. Por que? Porque ela tinha culpa. É a primeira vez na história que ela diz: 'eu não tenho culpa disso aqui, não, tá aqui a prova'. Eu só tô colocando aqui as possibilidades do que pode ter acontecido, não tô passando pano, não, Pascoal. Agora, se aconteceu o crime, tem que ser punido e com cadeia. Falsidade ideológica é crime'', argumentou Paulo Vinicius e o debate seguiu, só que num tom mais calmo.

Veja trecho do debate.



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