Coluna #141: As muitas lições do Nordestão: não precisamos das federações estaduais, por Albio Melchioretto

Colunista aprova cobertura da final da Copa do Nordeste pelo EI MAXX (Reprodução)
Na semana vivenciamos a final da Copa do Nordeste. É o principal torneio do primeiro semestre. Não se compara com nenhum outro regional ou estadual em atrativos. Uma competição que foi redesenhada a partir de uma ideia de produto e não do ego de dirigente das fadadas federações estaduais. Agora começa a colher o que foi plantado nos últimos três anos. Nos últimos dias, diversos veículos internacionais deram destaque para a competição.

Acompanhei duas transmissões distintas do jogo. A do EI MAXX pela minha operadora de televisão e a do Globo Nordeste, via Parabólica. A da Globo foi o padrão de toda transmissão de quarta, como se não houvesse nenhum outro ingrediente. O que me incomodou demais, foi a transmissão em cima da hora com um intervalo sem nenhum adicional. O áudio ambiente baixo demais, quase imperceptível. Já o EI MAXX valorizou o produto, com entrada ao vivo no telão do estádio e fez da competição seu cartão de visitas.

Albio Melchioretto
albio.melchioretto@gmail.com
@amelchioretto
A valorização do EI MAXX chegou próximo aquela lista que o Carlos Salvador, em uma de suas colunas aqui no Esporteemídia,com, anotou. Os detalhes que fazem toda a diferença. A chegada da taça ao estádio com um ritual de mostragem turística. O torcedor como valor fundamental. Segunda tela na transmissão. Hino próprio, bola, moeda de sorteio e tantas outras coisas. A aproximação do canal com a liga que organiza a competição, desmembrada da estrutura viciada e corrupta das federações.

O sucesso da competição deveria servir de modelo para pensar o futuro da bola, que a fracassada Primeira Liga olhe para este bom exemplo. Uma liga para organizar o campeonato com profissionais de eventos e mídias juntos e não mais as federações. A mídia não é apenas a transmissora, mas uma promotora do evento. A participação da mídia, em conjunto, transforma a competição em marca.

Muitas lições aprendidas com o Nordestão. Só lamento o fim de uma, do EI Nordeste.

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