Coluna #142: Maio fechou com velocidade, por Albio Melchioretto

Colunista acompanhou o GP de Mônaco e as 500 Milhas de Indianápolis e comenta as transmissões (Reprodução)
No último domingo, tivemos a oportunidade de acompanhar dois eventos espetaculares da velocidade. Mônaco e Indianápolis; F-1 e F-Indy. Penso que a semelhança entre ambas está apenas na velocidade de monopostos e nada mais. Cada qual com sua especificidade, seus astros têm um brilho. Discordo de Hamilton quando ironicamente faz um comentário medíocre a participação de Alonso ao longo da semana. Mas será sobre as diferenças televisivas que a coluna desta semana tratará.

A presença de Alonso foi uma tacada interessante de marketing. Exposição ampliada na mídia. O mundo inteiro falou do espanhol. E confesso que também torci pelo seu sucesso. Foi frustrante ver seu motor Honda, também nos Estados Unidos quebrar. Mas, aos poucos o novo grupo controlado da F1 modifica causos interessantes para a melhoria da categoria.

Há um abismo de estilo entre Galvão Bueno e Téo José. Enquanto que Galvão, grita, comenta e responde a própria pergunta, Téo adota um estilo com bordões e abre espaço sem interferência a Felipe Giaffone e utiliza da sua experiência das pistas, enquanto que o saber prático de Burti é solenemente ignorado. O meu gostar de uma transmissão e suportar apenas outra se passou pela experiência do narrador.

Albio Melchioretto
albio.melchioretto@gmail.com
@amelchioretto
A abertura de Mônaco aconteceu minutos antes, enquanto que Band teve quase uma hora de cansativo abre. O que me deixou frustrado com a Band foi assistirmos todo o show ego-nacionalista americano sem nenhuma crítica ao espetáculo repetitivo. Nessas horas as redes sociais são fugas, mas a F1 está aprendendo a usar, enquanto que a Globo ignora. Já a #IndynaBand foi um sucesso durante a programação “ao vivo”.

Téo José cravou a vitória de Sato há quinze voltas do final. Já na Globo um ufanismo inexplicável com a falta de rendimento da Williams. Urge deixar mostrar o que está acontecendo. O espectador merece sinceridade, com a crítica a independer. Sinceridade é o que faltou a trupe de Galvão ao falar que “oval é fácil”. Nesse momento faltou respeito ao evento da concorrência.

E por último, pós-jogo na Globo é um luxo.

Foi lindo ver Galvão citar a Findy, risos!

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