Colunista fala do jogo da seleção sem ser mostrado na Globo (Reprodução) |
A escolha da CBF em fazer uma transmissão própria me parece, no mínimo equivocada. Não quero fazer uma defesa da Rede Globo, mas esconder o próprio produto não é uma decisão muito inteligente. A CBF precisa da Globo para mostrar seu produto. Precisa mais do que ela possa mensurar. Este jogo foi visto por poucos. Especula-se mais de vinte milhões de parabólicas de recepção analógica no Brasil hoje. Nem TV Cultura, nem TV Brasil tem mais sinal analógico. Ninguém viu. O sinal das duas emissoras públicas abertos estão restritos aos centros das cidades. O interior deste país de dimensões gigantes sofre ainda com a precariedade da recepção aberta analógica. O jogo ficou restrito a uma minoria de usuários de televisão digital dos grandes centros urbanos e aos assinantes de televisão, que por força de lei carregam da TV Brasil.
Mas e a internet? Estimados, tive muita dificuldade, mesmo com uma banda interessante no ambiente de trabalho, de acompanhar o jogo pela rede. Desisti depois do terceiro congelamento. Quiçá os que possuem conexão com limitação de dados. Mesmo com dados fantásticos, os números de visualizações apresentadas pela CBF não contempla o tempo de visualização. Logo, bastou conectar em algum instante para pontuar, diferente da média mostrada pelo Ibope.
Um jogo para poucos.
Um produto que não é visto, não será vendido. A CBF tem mais a perder com a pouca penetração do seu produto que a Globo com a possibilidade de ver o futebol na concorrência, se é que existe canais concorrentes!
Albio Melchioretto albio.melchioretto@gmail.com @amelchioretto |
Além do fracasso dos números a transmissão feita pelo promotor do evento é deficitária. Prieto fez um ótimo trabalho. Ponto. A transmissão chapa branca pouco oferece ao espectador que viu. Pelé me lembrou diversas vezes de Romário, “calado é um poeta”. Comentários vagos, errando nome dos atletas e nada acrescentou para análise tática. O repórter atuou mais que ele. Pouca interação entre Prieto e Denilson. Ficou evidente a falta de entrosamento para um jogo. Tanto Denilson quanto Pelé limitaram-se a falar o que era visto e nada acrescentaram ao espectador que preferiria uma leitura de jogo além do evidente. Faltou qualidade às palavras.
Não me agradou a ideia da CBF TV! A transmissão não pode ficar na mão do promotor por uma questão de lisura e transparência na mostragem do evento.
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