Colunista aborda a nova sistemática da CBF quanto aos amistosos da seleção na TV (Reprodução) |
Toda essa estratégia de não ceder tão facilmente os amistosos da seleção à Globo, já estava determinada em novembro do ano passado. Com o crescimento da seleção com seu novo comando técnico, a CBF viu uma forma de faturar mais com seu novo e ‘repaginado’ produto e principalmente virar as costas ao canal que passou 2015 e 2016 batendo forte e pesado no comando da confederação.
Ao final de 2016 ficou certo que a CBF queria R$ 6 milhões pelos dois amistosos da seleção em junho.
Esta semana, surgiu a informação que seriam R$ 15 milhões. Inflação clara e nítida, a fim de valorizar um produto em ascensão.
Carlos Salvador fb.com/carlosaugusto.salvador @calosalvador |
A ideia da CBF é seguir uma tendência mundial de produzir e gerar conteúdo dos seus próprios eventos, apenas distribuindo para as emissoras parceiras. Algo que acontece nas competições da FIFA e de algumas ligas pelo mundo. O problema é que a CBF erra até quando quer acertar. Não renovar acordo com a Globo sem ter nada ‘na agulha’, e colocando amistosos da seleção da TV Brasil, não é um acerto é um erro. Resolver de um dia para o outro que vai gerar conteúdo próprio também não é um acerto, é um erro.
Um exemplo oposto: Na Inglaterra, foi anunciado 1 no antes que a competição a partir de 16/17 deixaria de ser batizada com nome de patrocinador, para ter a marca própria. Foi trabalhada toda a temporada 15/16 projetando o que seria de fortalecimento da marca e geração de conteúdo próprio.
O ano de 2019 está chegando, e a divisão dos direitos o Brasileirão é iminente. Com a guerra Globo x Ei, a CBF tinha tomado um lado, mas começa a recuar sua posição. A confederação começou a perceber que abrir mão de um monopólio é o caminho certo (não importa a ela se é feito por vias tortas), mesmo que isso custe um preço alto. O que é necessário a CBF analisar é: o futebol brasileiro ainda depende da Globo. Ruim com ela, pior sem ela. Pelo menos por enquanto.
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