Narrador da Globo descreve emoção ao falar com Giulia, deficiente visual de 11 anos, e fica feliz com repercussão (Reprodução) |
Segundo o UOL Esporte, por Leandro Carneiro, inicialmente programada para o 'Globo Esporte' do Rio de Janeiro, a matéria viralizou. Foi exibida em outras praças. Ganhou espaço no 'Esporte Espetacular' e até no 'Vídeo Show'. Nela, Luis Roberto dá um quadro 3D para que Giulia, cega desde que nasceu, possa sentir com os dedos da mão um gol do seu pai.
“Eu me surpreendi com a repercussão, foi para o ar no RJ e depois para a internet. Ganhou proporção que eu não imaginava. Até imaginava as pessoas comentando, mas não no volume de gente que foi. Onde eu entro, as pessoas vêm conversar comigo, vem dizer que legal a história da Giulia. Foi impressionante a repercussão carinhosa. É um sentimento nobre que é amor, amor de família, contagiou, foi tocante”, disse
O narrador confessa que teve de se segurar durante a matéria para que ele não acabasse contagiando a história que estava sendo contada. Mas, depois que entrou no carro para voltar para casa, ele desabou.
“Acho que a gente conseguiu dar o tom certo, não fizemos na expectativa de alguém chorar. Fomos contar a história e funcionou isso. Ficou bacana isso. Eu sou todo chorão e consegui controlar. Não queria contagiar, passar para eles”, falou.
“Quando entrei no carro, pensei na situação, desabei. Não estava chorando de pena, chorando de uma coisa linda. É tocante. Quando o Botafogo entrou em campo (contra o Avaí), ver 22 mil gritando Giulia e a cara de felicidade, chorei novamente. Mas um choro para o bem”, completou.
Para Luis Roberto, o gol feito por Roger pelo Botafogo contra o Sport ganhou um espaço especial em sua carreira depois de tudo que viveu com a filha do atacante.
“Não tenho a menor dúvida (que será inesquecível). Jamais será dissociável. Vai ser sempre lembrado o golaço. Já narrei gol do título, ultrapassagem de Fórmula 1, medalha de ouro. Na Olimpíada ano passado, eu tive o privilégio de fazer as duas de ouro do vôlei. Mas nada se compara a reportagem. É algo que envolve um sentimento bacana, um lado bom nesse mundo sem amor, em que tudo é ódio”, afirmou.
De acordo com o narrador, ele já conhecia a história de Roger antes de ser chamado para gravar a reportagem. Como é da região de Campinas (Luis Roberto estudou na PUC de Campinas e cresceu em São João da Boa Vista), ele já tinha ouvido falar sobre a história da filha do jogador.
O locutor ainda ressaltou o trabalho feito pelo produtor da matéria que teve toda a ideia e também pelo repórter cinematográfico. “Ele teve a sensibilidade de seguir gravando. Ela foi falar com a Beth (mãe de Giulia) e falou que era o dia mais feliz da sua vida. Foi sensibilidade do repórter cinematográfico”, finalizou.
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