COLUNA #143 | O empoderamento feminino na mídia esportiva, por Alipio Jr.

Colunista fala do empoderamento feminino, inclusive na mídia esportiva (Marcello Neves/VAVEL Brasil)

Na última semana fomos brindados com algo que ainda nos causa estranheza, que foi a estreia de uma mulher narrando um jogo de futebol masculino. Já havia acontecido antes, mas em eventos femininos. Curioso.

A época atual é de empoderamento feminino. O assunto permeia nosso dia-a- dia, em programas televisivos, filmes, series e o que mais puder nos alcançar. Há lutas dignas e honestas e outras que, infelizmente, deturpam a principal discussão e não cabe a este espaço falar disso agora.

Não vi as muitas homenagens em programas esportivos nos dias seguintes, apesar de saber que aconteceram, mas fui na rede social da Isabelly Morais (foto) e fiquei impressionado com as postagens achando um absurdo que ela tivesse a coragem de narrar um jogo da Série B.

Alipio Jr.
@alipioj

A Rede Globo tentou lançar essa moda com Glenda Koslowski nos Jogos Olímpicos, narrando a ginástica artística, mas o futebol, que vive na sua redoma dourada, nunca foi testado. E deveria. A rede inglesa BBC fez isso, há alguns anos atrás, com a jornalista Emma Jones e a rádio CBN/MG fez por alguns minutos, com Mayra Siqueira.

Por fim, na Copa de 2014, após vencer um concurso na Rádio Globo, Renata Silveira narrou Costa Rica e Uruguai. Todas essas narrações podem ser achadas na internet e é possível notar que elas podem melhorar com uma sequência.

O “Convocadas”, programa apresentado pela Fernanda Gentil e apenas com mulheres nos comentários da rodada já deixou claro que é possível tê-las no meio esportivo, principalmente quando pensamos que Edinho, Neto e similares possuem lugar cativo, irritando nossos ouvidos, rodada após rodada. Então, por que não tentar algo novo?

Escreva nos comentários, caro leitor, se você acha uma boa e se não achar, o motivo.

Não me venha com esse papo de que mulher não entende de futebol pois é possível que algumas entendam muito mais que nós. Ou que pelo menos consigam manter uma conversa por igual.

Abraços e até a próxima.

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