COLUNA #144 | O foco das equipes de TV nas transmissões do futebol, por Alipio Jr.

Comentarista questiona o foco que as equipes de transmissão devem ter na análise das partidas (Reprodução)

Com o fim da transmissão do sinal analógico para o Rio de Janeiro, a Rede Globo resolveu inovar e o mesmo evento (a final da Libertadores) foi transmitida por duas equipes. Enquanto parte do país ouviu o Galvão Bueno, uma outra parte ficou com o Luiz Roberto. Não lembro de a tevê aberta ter feito isso antes, o máximo que me recordo é do que já acontece: O jogo na tevê aberta com uma equipe e no canal fechado com outra.

Isso me lembrou que no jogo entre Corinthians e Fluminense, que culminou com a conquista do título nacional do clube paulista, o comentarista da ESPN (Mauro Cezar) se indignou com a maneira como a transmissão foi executada, ignorando as necessidades do clube carioca e concentrando-se apenas no que um dos lados poderia conquistar. Isso não é novidade.

Alipio Jr.
@alipioj

Não é novidade pois acontece sempre que um time joga fora de sua praça e a transmissão é executada pela equipe de tevê local que vive o dia a dia da cidade e parece temer sofrer alguma retaliação com críticas as equipes. Jogos realizados na região nordestina padecem do mesmo mal. É fácil encontrar torcedores insatisfeitos com a maneira que seus times são encarados quando enfrentam times locais.

Nem sempre acho que isso ocorra, mas compreendo o torcedor insatisfeito a ponto de perguntar, por que não levar essa ideia a diante? Boa parte dos clubes possuem canais oficiais de transmissão de seus jogos e poderia ser incorporado pela tevê. Ou nos jogos com transmissão na tevê aberta, por que não mudar o foco e o interesse da equipe que fará a transmissão na tevê fechada?

Hoje não faltam meios de ver o evento e o torcedor sempre procurará aquele que considerar tratar melhor o seu clube do coração. Essa é a hora da emissora fechar a torneira para a saída do telespectador, fazendo o que ninguém imaginava. Que tal?

Abraços e até a próxima.

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