COLUNA # 168 | Aberta a temporada de adivinhos, por Albio Melchioretto

Colunista instiga leitor a 'brincar' de adivinhação após sorteio dos grupos da Copa (Reprodução)
Se o Brasil tropeçar e ficar em segundo pode cruzar com a Alemanha nas oitavas de finais, mas se ficar em primeiro, pegará Suécia ou México nesta fase. A França, poderá aparecer nas semifinais, se superar Espanha. Mas para isso Portugal terá que ser o primeiro da chave… blá, blá e mais um pouco de blá.

Sorteio de grupos, chaves e mata-mata é interessante para conhecer a competição. Ponto. Agora, faltam mais de seis meses para a copa, fazer prognóstico com base nas últimas edições da competição é um exercício, no mínimo, inventivo. Pensar pela história será somente relatos. O tempo presente na análise é apenas momentâneo, afinal, ele será passado na hora que a bola rolar entre Rússia x Arábia Saudita.

Ganhei de presente, noutro dia, o livro “Os Números do Jogo - Porque Tudo o Que Você Sabe Sobre Futebol Está Errado”, escritos por Chris Anderson e David Sally. No capítulo segundo os autores abordam a questão de probabilidade do favorito vencer. Compararam o futebol com outros quatro esportes coletivos, da mesma “família”, e perceberam que no esporte bretão, em apenas 48% das vezes, o favorito vence. Isso significa que se você sempre apostar no favorito, há um ínfima possibilidade de tomar para si o prêmio máximo. O futebol é um esporte imprevisível.

Albio Melchioretto
albio.melchioretto@gmail.com
@amelchioretto
Pensar que o aproveitamento dos favoritos é menor que a 50% nos ajuda a desmistificar a ideia de zebras. Coreia do Norte, 1966; Camarões 1990; Croácia 1998 e Coreia do Sul 2002 não foram frutos do acaso. Resultados de um processo e de um trabalho. Então chegamos com Islândia em 2018. Agora, ver o desconhecimento de alguns comentaristas diante da Islândia, depois de uma boa Eurocopa-16; Irã com um futebol rápido e menosprezar a força de grupo da Austrália, principalmente no duelo contra Honduras, evidencia o quão despreparados são…

Como qualquer resultado é possível, e há ainda meio ano de distância, o exercício de adivinhação é deixado para os futurólogos do Fantástico, no último domingo do ano, e o jornalismo esportivo sério poderia discutir como cada um jogou as eliminatórias, como construiu sua classificação e por onde jogam seus principais nomes. Seria mais digno.

Agora, se você, a exemplo de Galvão Bueno, quiser brincar simulado os classificados, mas não tem uma tela touch, nem Caio Ribeiro para usar de maneira correta, como este que vos escreve, tente neste link.

Curta nossa página no FACEBOOK.
Siga o Esporteemidia.com no TWITTER.
Nos acompanhe no GOOGLE+.



Postar um comentário

O que achou dessa informação? Compartilhe conosco!

Os comentários ofensivos serão apagados.

O teor dos comentários é de total responsabilidade dos leitores.

Postagem Anterior Próxima Postagem