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Colunista discorre sobre o árbitro de vídeo (Fernando Torres/CBF) |
O pensador oriental Confúcio é o autor da frase título da coluna de hoje. A frase é usada muitas vezes para ilustrar o poder imagético, e trazida para um contexto diferente quando pensamos ações de propaganda e de divulgação de marcas, por exemplo. A imagem nem sempre é a mesma para todos e é incontestável o poder que ela tem. Faz alguns dias, o site Trivela apresentou números interessantes do avanço que foi a introdução do video assistant referee (VAR) no campeonato italiano. Segundo os números, aconteceram 60 correções o que tem aumentando em quase 9% o índice de acerto dos árbitros, outro dado interessante, destacado na matéria assinada por Burno Bonsati, é o aumento de 5% do número de pênaltis marcados. Um maior controle de ações dentro da área. Enfim, são números e eles, como imagens, também desvelam um modo de jogar futebol.
Algumas discussões no Brasil têm início, estouram e poluem todos os noticiários esportivos, e de repetente, desaparecem. Foi assim, com a inclusão do VAR quando Eurico Miranda teve um dos seus famosos pitis, após o famoso gol de mão de Jô, no então Corinthians e Vasco pelo Brasileirão-17. E agora, pouco ou nada se ouve. A mídia estronda e cala-se na mesma medida. Na mão do sucesso, a NFL introduziu as revisões de jogadas auxiliadas por vídeo ainda nos anos de 1980 e hoje, conta com ações sofisticadas onde treinadores podem contestar, limitadamente, ações e marcações. Além das revisões de touchdown. Falo da NFL pelo momento, mas poderia ser o tênis, ou vôlei e por aí vai a grande lista.
É fácil demais ser comentarista nos dias de hoje. Tanto de futebol quanto de arbitragem. Replays, banco de dados no ciberespaço, uma imensidão de conteúdo. Não nos faltam informações. Entretanto, o árbitro em campo, não possui nada disso. Limitado ao ângulo único e por questões de segundos deve decidir o que marcar ou não. Há chance única para acerto. Um tanto cruel. Na oposição ao apitador, a infinidade de informação para criticá-lo ou aclamá-lo é gigante. Recursos injustamente distribuídos.
Com isto quero chegar num ponto, onde o futebol é produto. Escândalos por manipulação de resultados é uma prática comum. Vide a denúncia do ex-treinador do Estanciando, na Copa São Paulo de Futebol Júnior. A colocação do VAR e uma política de contestação dos treinadores poderá trazer maior transparência ao produto futebol. A mídia exerce poder ao formar opinião. Ética e transparência para auxiliar o futebol. E vou além, seria difícil demais aproximar, eticamente, televisão detentora dos direitos de transmissão ao árbitro com intenção de legitimar o VAR em nosso campo? Ai então, uma imagem poderia valer mais que mil discussões.
Ângulos são ângulos, mesmo com recursos tecnológicos. Não haverá uma apitagem 100% correta, mas minimizar os erros poderia ser um passo.
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