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O Estadual do Rio-2018 tem enfrentado uma crise de público e de atratividade, com uma média de pagantes em torno de 3 mil pessoas. A Globo já demonstrou preocupação com a baixa presença de torcedores no estádio. E a própria Ferj reconheceu o problema: ''Obviamente que não (está satisfeita). E já vem se reunindo para melhorar o produto e fazer diferente em 2019. O campeonato carioca desperta interesse. Isso é fato. Não temos os números de 2018. Se todas as partidas do Campeonato Carioca de 2017, sem exceção, fossem jogadas com o Maracanã lotado, não atingiria 1/9 das pessoas que assistiram pela TV. Porém, nosso desafio é levar o público ao estádio, em conjunto com os clubes, através de ações'', afirmou a Ferj por meio da assessoria.
Há diversos motivos para essa queda na atratividade do Carioca, entre elas, a violência do Rio de Janeiro, o baixo nível técnico dos jogos, problemas enfrentados pelos grandes clubes no início do ano, falta do Maracanã. Entre os questionamentos à Ferj (Federação do Estado do Rio de Janeiro), está a fórmula do Estadual do Rio.
Pelo formato atual, há dois turnos com semifinais e finais que contam pouco para a fase decisiva, de fato, da competição. Triunfos da Taça Rio e da Taça Guanabara só garantem vaga nas semifinais da competição, a não ser que o time vença ambos. O formato é complexo para ser entendido pelo torcedor e deixa vários jogos com pouco valor esportivo.
Para mudar a fórmula, no entanto, a Ferj e os clubes enfrentam restrições por compromissos assinados por eles mesmos. Por pressão das federações, o calendário da CBF estabelece 18 datas para os Estaduais.
Baseado nisso, a Ferj assinou um contrato com a Globo que prevê que todas essas datas têm que ser ocupadas por partidas. Assim, caso a federação optasse por uma redução do número de times e jogos, não poderia fazê-lo a não ser que reduzisse o valor recebido pelo contrato com consequência para as cotas dos clubes. O contrato tem valor de R$ 120 milhões, e se estende até 2024.
Não é possível também usar a antiga fórmula do Carioca que tinha dois turnos e, se um time vencesse os dois, levaria o título sem final. Isso deixaria duas datas em aberto sem jogo do Estadual, o que é vetado pelo contrato.
Não há resistência dentro da Globo a uma redução do número de datas do Estadual em favor do Brasileiro, mas isso implicaria em uma queda do valor. Dentro do calendário proposto, a emissora apoiaria uma mudança de formato desde que dentro das condições contratuais.
Já, na Ferj, há discussões para melhoria do Estadual. Já foi feita uma consulta ao Conselho Nacional do Esporte que referendou que a legislação não impede mudanças na fórmula para o próximo ano. Pode ser proposta nova fórmula que seria votada no arbitral dos clubes.
A federação não respondeu a perguntas sobre o contrato, alegando que respeita a confidencialidade do acordo. Mas disse que há efeito dos horários dos jogos na presença de público, e de aspectos comerciais que têm de ser respeitados.
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"Não é possível também usar a antiga fórmula do Carioca que tinha dois turnos e, se um time vencesse os dois, levaria o título sem final. Isso deixaria duas datas em aberto sem jogo do Estadual, o que é vetado pelo contrato."
ResponderExcluirRidículo um campeonato onde o campeão do 1° e 2° turno(caso seja o mesmo time) tem que disputar uma semi final ainda com os perdedores da fase inicial, só para poder preencher a grade da tv. Ou seja, jogam 2 turnos valendo absolutamente nada.
" Por pressão das federações, o calendário da CBF estabelece 18 datas para os Estaduais."
Isso não é regra, a regra é no MÁXIMO 18 datas, mas pode sim ser feito com menos datas.
Fora que todo mundo sabe quem são os 4 semi finalistas antes mesmo de começar o campeonato, dão uma banana pros times pequenos, uma esmolinha. Ai como acham que um campeonato nesse nível vai ter atração do torcedor?
Sobre as 18 datas, não querem fazer em menos pq no contrato está que a Globo vai reduzir o valor pago se o número de datas caírem, e aí ninguém quer.
ExcluirEntão Victor, ai que não dá pra entender. Todo esse burburinho começou pq a própria Globo "se disse" preocupada com o fracasso do estadual do Rio. Se ela é a mais interessada em melhorar as coisas, podia melhorar a fórmula bancando o mesmo valor. Do jeito que está, ela banca quantidade e não qualidade.
ExcluirEntão é melhor acabar com isso de duas taças. Ou bota turno e returno dentro de grupo sem título ou bota toda mundo contra todo mundo em turno único, com os melhores depois de tudo passando pra quartas de final por exemplo.
ResponderExcluirate esses dias era assim, todos contra todos na primeira fase e semifinais, a primeira fase era a taça guanabara. Mas os grandes disparam na ponta e perde a graça bem antes do fim.
ExcluirInteressante que em qualquer programa de debate do grupo globo, o regulamento é xingado pelos debatedores. Mas é lógico que só é assim pra maximizar o numero de classicos que interessam a globo.
Não tinha todos contra todos na primeira fase, e sim 2 turnos com semi e final. O problema das duas taças nem era esse, a pendenga era a questão de um mesmo time levar as duas taças e a Globo ficar 2 domingos sem jogos dos cariocas. Ai tiveram a brilhante ideia de criar uma semi final mesmo que um time seja campeão dos 2 turnos.
Excluir2014 e 2015 foi desta forma que eu falei, todos contra todos e os quatro primeiros fazendo semifinal e final
ExcluirA poderosa é cheia de frescura, não custa nada de vez em quando colocar um filme quando nao houver rodada.
ResponderExcluirFaz igual o campeonato paulista,que é melhor que esse formato horrível atual.Pontos corridos,quartas,semi e final.
ResponderExcluirFórmula do Paulista é ridícula também. Fazem os grupos para os times não se confrontarem na fase inicial, se bem q já foi pior ainda com mata(jogo único).
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