COLUNA #155 | Tem tudo para ser interessante, por Alipio Jr.

Colunista elogia programa da Rádio Globo (Reprodução)

Olá a todos!

Andando de carro ao longo da semana ouvi alguns programas esportivos que normalmente não ouço (já falei aqui sobre o meu apreço pelo rádio esportivo) e no horário noturno, cortesia das mudanças no horário da insistente “Voz do Brasil”. É sobre um deles que gostaria de falar nesta semana, o “Esportes S/A” da Rádio Globo.

O programa tem uma proposta interessante que é falar sobre marketing esportivo e finanças dos mais variados esportes. Em tempos de divulgação de balanços esportivos sendo destrinchados em programas televisivos, com colunistas de algumas revistas especializadas ganhando espaço por falar das combalidas finanças dos clubes de futebol e de tantos outros esportes, que sobrevivem com migalhas de patrocínio, há um espaço maior para essa discussão específica.

Tem tudo para ser interessante. De 5 programas que ouvi, só 2 valeram a pena dando uma maior profundidade a discussão, ouvindo especialistas financeiros, propondo soluções e dando espaço para resposta dos envolvidos na situação. Os outros programas foram um grande e gigantesco espaço para falar o nome do patrocinador diversas vezes.

É lógico que o programa precisa de dinheiro para se manter. Ninguém aqui rasga dinheiro e todos sabemos que um programa diferente assim só vai se manter se conseguir anunciantes que banquem. Entretanto não dá para passar parte do programa elogiando as propostas de apoio financeiro que determinado banco privado possui, pois na prática não é bem assim.

Alipio Jr.
@alipioj

Todos sabemos que o apoio some e reaparece quando está próximo das Olimpíadas como também sabemos que são os mesmos de sempre. Infelizmente o programa ignorou essa parte da discussão e deu voz a um executivo que gastou parte do programa citando incentivos a outros esportes que não estavam em discussão naquele momento, desviando-se do caminho que o papo seguia.

Espaço para melhoria sempre existirá quando se trata de um assunto desses, só precisam conseguir um meio termo entre a verdade e a alegria ao patrocinador. Não dá para alegrar só um dos lados, pois correrá o risco de ter o dinheiro e não ter a audiência, aí o programa morre do mesmo jeito.

Titebilidade
Já discutimos dezenas de vezes a ruindade da imprensa brasileira e a sua dificuldade nas coletivas de imprensa. Apesar de assunto velho, preciso dizer que fiquei com vergonha das perguntas na coletiva do Tite. Uma pergunta sobre a tática e posicionamento do time e todas as demais sobre amenidades. Só faltou perguntarem qual era a melhor caneta para escrever o nome dos convocados. Ridículo.

Abraços e até a próxima.

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