Coluna do Professor #222, por Albio Melchioretto


QUAL A LIÇÃO QUE TIRAMOS COM A ELIMINAÇÃO DO RIVER PLATE?

Uma derrota pode ser vista a partir de muitas possibilidades. Alguns, fazem mal uso dela. Passam por ela, reclamam, nada fazem, e fatalmente tornam a cair. Outros, fazem algo produtivo dela. Uma parada para análise, reflexões e propostas para novas ações. Este uso não é garantia de vitória perpétua, mas é uma caminho que evita o mesmo erro. Um exemplo de erro repetido pode ser, Internacional, Atlético/MG, Atlético Nacional e agora River Plate. Todos caíram nas semifinais do Mundial de Clubes, frente a equipes de menor ou quase nenhuma expressão no cenário internacional. E por ora, não tivemos nenhum europeu passando pelo mesmo vexame.

Mas, o que fazemos com as grandes derrotas? Após o jogo que deu vitória ao Al Ain, busquei alguns nomes de leitura e os dois maiores diários esportivos da Argentina para entender as análises dos comentaristas e a leitura de jogo. Senti-me frustrado. Percebi um olhar frágil para a derrota. Tanto o Olé, quando o Clarín buscaram soluções momentâneas e análises superficiais para a derrota. Com exceção da capa do Olé, o resto me pareceu alienado diante da mediocridade que foi a apresentação da equipe do River Plate. Aqui no Brasil, passei os olhos por diversos blogueiros no UOL Esportes, e não me surpreendeu nenhuma análise profunda, todas marginais ao jogo em si.

Colunista comenta reação da imprensa após River Plate não chega a final do Mundial de Clubes (Reprodução/Yahoo!)
A minha frustração nasce pelo fato de esperar mais. Lembro dos longos editoriais, pela América do Sul, de maneira geral, pela ocasião do 7x1, apenas para ter um exemplo. Mas, nos últimos anos, a digitalização em massa de todos os produtores de análises, reflexões e editorais, tem em certo grau, deixado a análise da mídia esportiva especializada mais pobre.

Albio Melchioretto
albio.melchioretto@gmail.com
@amelchioretto
A mostragem de um evento não pode ser apenas o jogo em si, o espetáculo, mas existe um pré-jogo, um pós-jogo e uma boa conversa sobre tudo o que está acontecendo. E o que vejo, nesta mídia, é cada vez menos especializada, principalmente a mídia do hipertexto. Oferece um produto curto, sem muita reflexão e que permanece daquilo que é raso. Um bom caminho para repetir os mesmos erros de outrora.

Até agora, visualizamos quatro eliminações em semifinais e diversas derrotas em finais. Por que o futebol que prevaleu vitorioso em mundiais até 1996, agora é motivo de piadas e chacotas? Uma resposta apressada e marginal deixa no raso, urge um mergulho nas entranhas do falido futebol sul-americano. 

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4 Comentários

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  1. Albio, veja essa análise sobre a superioridade dos europeus e a queda cada vez mais recorrente dos sul-americanos em um artigo escrito em 2015: https://3pontosesportes.wordpress.com/2015/12/23/por-que-e-cada-vez-mais-dificil-vencer-os-europeus-no-mundial-de-clubes/

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  2. Obrigado pela indicação, abraços e bom domingo!

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  3. Eu não vejo mais como correta a entrada dos sul-americanos direto nas semifinais. Poderiam entrar nas quartas, fazendo todos os demais continentes (exceção da Europa) entrarem juntos. Seriam 6 times lutando por 3 vagas pra completar a fase semifinal.

    Afinal, ao passo que o futebol sul-americano se distancia do europeu (pra mim, tendo como marco zero a Lei Bosman de 1995 por lá), a distância é cada vez menor para africanos e asiáticos.

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  4. A Comebola e os times administrados por "171", só pode dar nisso mesmo em confronto com europeus. Conseguiram fazer a final do sonho deles, Boca X River, na terra dos COLONIZADORES DA AMÉRICA.

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