Globo propôs, mas Glenda Kozlowski não quer narrar jogos da Copa do Mundo Feminina


A transmissão da Copa do Mundo de Futebol Feminino não vai ocorrer da forma que a Globo planejou. Pelo menos em um ponto. De acordo com o Notícias da TV, a emissora fazia planos de ter uma equipe 100% de mulheres, mas a ideia não evoluiu já que Glenda Kozlowski não quis narrar. Assim, a função vai ficar com Galvão Bueno.

Ainda segundo a publicação, a apresentadora ficou traumatizada com os Jogos Olímpicos de 2016, quando foi narradora da ginástica artística. Foi tão criticada por sua participação que quase largou o posto no meio. "Se não fosse por causa da Rosane Araújo [então editora do Esporte Espetacular] e do Renato Ribeiro [na época diretor da Central Globo de Esportes], eu teria saído da cobertura olímpica", lembrou ela, durante uma conversa sobre feminismo no Rio2C, maior evento do mercado audiovisual brasileiro.

(Reprodução/SporTV)
Glenda contou que, depois do terceiro dia de transmissões na Globo, saiu aos prantos porque estava sendo massacrada na internet. "A coisa foi reverberando, fui vendo os meus 27 anos de dedicação ao Esporte jogados fora, indo pro lixo. Eu não tinha coragem de andar no corredor, aquilo me tomou de um jeito que eu andava curvada, só chorava", lamentou.

O grande problema, segundo Glenda, foi que ela fez suas transmissões ao lado dos colegas homens. "No primeiro dia, com o Cléber [Machado]; no segundo, com o Galvão; no terceiro, com o [Luís] Roberto. Eu ficava pensando se era algo errado comigo, com meu jeito de narrar, com minha técnica...", contou ela.

Cansada das críticas e do sofrimento, ela decidiu dar um basta. "Eu cheguei na Redação e falei: 'Olha, estou indo embora agora, não vou passar por isso nunca mais na minha vida. Eu não quero mais, vou pra casa, chega!'."

Na mesma noite, Rosane Araújo ligou para a apresentadora. "Ela disse: Glenda, amanhã é o dia da medalha do Diego [Hypólito], você vai narrar sozinha'. E eu narrei, foi um sucesso. O Diego foi medalhista, o Arthur [Nory] também. E aí eu percebi que o hábito das pessoas é escutar uma voz masculina na narração. Ali eu senti o machismo e o preconceito pela primeira vez na minha vida", resumiu.

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4 Comentários

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  1. Não é questão de machismo - até porque eu gosto de mulher, ao contrário da maioria contemporânea - mas a narração delas ainda fica bem esquisita. Desde o timbre de voz, até aquele traquejo com as expressões que cativam o público. Mulher não sabe bem 'encaixar' a piada, o sarcasmo, o bordão. Ainda não conseguem ser espontâneas, como foi um dia Osmar Santos com as suas tiradas ( no carocinho do abacate, a bola subiu e continua subindo, é fogo no avental da cozinheira, peruzaçooooo ) ou Fiori Gigliotti ( balão subindo, balão descendo, cabeça na bola é gool ).
    Ficaria muito artificial com Glenda ou qualquer outra.
    É mais ou menos como William Waack comendo biscoitos e tomando chá falando sobre a Anitta no Melhor da Tarde com Mama Bruschetta. Não ia ficar bom.
    O quê vocês acham.
    PS- Sem mimimi negada. Fefitos e Gominhos opinando eu dispenso !!!

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    1. Também não gosto da narração e dos comentários do gênero feminino no futebol (não posso falar dos outros esportes). Contudo, é importante o espaço delas. Elas já estão no campo de jogo, nas concentrações e coberturas dos times e por aí vai. Logo, é justo o protagonismo na narração e comentários, também. Cabe ao espectador decidir em ouvi-las ou não. Quem sabe não teremos boas surpresas, daqui em diante, com o William Waack falando sobre a Anitta???

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  2. O cara conseguiu ser misógino e homofóbico num comentário só. Uma proeza!

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  3. Que m. esses diretores tem na cabeça.

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