O Brasil vem passando por uma fase, já não tão curta, difícil. A crise econômica foi e ainda é sentida pela maior parte da população, o cenário político é tenso e de muito conflito, o país se sente dividido.
Não bastasse, o esporte brasileiro não está também em sua melhor fase. Durante a ditadura, a seleção masculina de futebol fazia o país parar e torcer por um único bem. Com times clássicos e históricos, aquelas décadas proporcionaram também muitas comemorações e festas aos brasileiros.
E agora? Como fica a seleção brasileira? Vencer a Copa América pode ser um passo importante para o resgate da significância do futebol no Brasil.
(Reprodução) |
O Brasil já teve uma reputação futebolística incrível, mundialmente falando. Não é à toa que ainda se produz tantos jogadores excelentes que rapidamente vão para o futebol europeu, onde há maior concentração de dinheiro e dos melhores jogadores de todo o globo.
Goleadas, eliminações frustrantes, performances desanimadas – é assim que a seleção é vista. O que, obviamente, apenas faz aumentar a pressão em cima dos jogadores. Afinal, espera-se um futebol arte, tão bonito quanto funcional, que seja vibrante e que ao mesmo tempo traga vitórias.
A Copa do mundo, evento mais importante para o futebol, fez o Brasil claramente demonstrar estar em crise. É assim que ele é visto – como um gigante, adormecido, que pode redespertar em algum momento. Enquanto isso, os países europeus vão dominando o cenário.
Discute-se muito os pormenores da crise do futebol brasileiro, suas origens e como resolvê-la. O que é unânime, no entanto, é o trauma. O Brasil tem tanto medo de passar vergonha e mudar seu status, de passar a ser só uma seleção inofensiva, que até situações semelhantes em outros jogos, como o desfalque de um jogador e sua substituição por outro, faz com que todos tremam de medo.
O crescimento da seleção feminina
O futebol feminino foi mundialmente crescendo, em grande parte por conta dos esforços feministas e de maior destaque às mulheres. No entanto, não se pode ignorar que o aumento do interesse brasileiro pela seleção feminina também vem pela decepção com o futebol masculino.
Ter uma estrela como Marta faz com que todos lembrem do futebol glorioso, e de como o Brasil tem armas secretas, um jeitinho brasileiro que deixa os europeus (e, no caso feminino, as americanas) com medo de escorregar frente a uma finta. Não é de se espantar, assim, que o futebol feminino tenha crescido inclusive nas casas de apostas esportivas.
Com o país assistindo à Copa feminina de forma inédita, a esperança era grande. As meninas poderiam enfim nos dar motivos de comemorações. Sua eliminação, portanto, foi um golpe ainda mais duro.
A Copa América
E então retornamos à seleção masculina. Ainda com o próximo campeonato mundial adiante, um troféu não tão cobiçado no passado passa a ser potencialmente a chave para a ressurreição da excelência da seleção.
Embora seja um dos campeonatos mais antigos do esporte, a Copa América nunca foi tão acompanhada ou comemorada. Talvez a rivalidade futebolística com nossos irmãos sul-americanos esteja muito menor, talvez nós apenas estejamos muito saudosos de ganhar de todos do hemisfério norte.
Porém, no momento, ganhar a Copa América pode reanimar os jogadores, a população e nos dar mais ânimo. Seja como treino, seja como um degrau da escada para a retomada do sucesso.
O jogo contra o Paraguai, para garantir uma vaga para as semifinais, vai tomando uma importância grande – inclusive para Tite, que inspeciona detalhes, como a qualidade do gramado, meticulosamente.
Vencer a Copa América nos dará fôlego? E perdê-la, nos afundará ainda mais na desesperança?
Resta, aos brasileiros, seguir torcendo.
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Vendo o documentário na Espn "A Reinvenção do Futebol Arte", percebemos que essa história de jogar bonito, foi a maior armadilha que os europeus criaram para nós.
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