Coluna do Professor #279, por Albio Melchioretto

(Foto: Pixabay)
SERÁ QUE TEREMOS UM 2020 OU 2019 PLUS?

A coluna desta semana perpassa por temas, mas, no fundo, deseja questionar os paradigmas que norteiam algumas ações da mídia esportiva. Comecei a acompanhar, de maneira mais intensa, a mídia esportiva em 2004, com o blog Papo de Bola, do gaúcho Edu César. Na época buscava encontrar um site com programação completa de eventos esportivos, e encontrei um espaço de notícias do esporte e variadas da televisão. Como o trabalho do Edu sempre foi impecável, comecei a acompanhar seus escritos diariamente. Entre suas pausas e seus comentários, encontrei na rede, o Esporte e Mídia, que abriu as portas para contribuir (ou não) semanalmente.

Apresento também esta lembrança para apontar que o site Papo de Bola, retornou ao ar na sexta-feira, 24, com novos textos. Que Edu César tenha uma boa caminhada em sua nova fase. Carecemos de veículos como estes dois, que falem da mídia, que divulguem, que pensem a história do momento-presente. Não é apenas ver esportes, mas conhecer um pouco, uma ínfima parte daquilo que cerca uma paixão do brasileiro. Ver o não dito e questionar o não feito.

Sobre o que não se fala, corre-se o sério risco de naturalizar. Parece-me que a cobertura esportiva brasileira está sempre dividida entre o bem e o mal. Vide como são tratadas as notícias de renovação de contratos, caso mais específico do Flamengo agora. Veículos que falam da mídia esportiva, possuem uma função social diante dos fatos. Questionar o óbvio, tecer críticas, apontar caminhos. Deixar de ser uma água com açúcar que muitas vezes bebemos inocentemente. Que falta faz uma mídia investigativa profunda, que encontre eventos e torna-os público.

Albio Melchioretto
albio.melchioretto@gmail.com
@professoralbio
Quanto a isso, a imprensa inglesa nos traz lições mais valiosas. Acompanho alguns veículos como o The Sun; The Guardian e o The Daily Telegraph. As análises que eles se propõe a fazer, como o caso David Luis, após o pênalti contra o Chelsea, são por vezes cruéis, mas vão aos números, apontam erros, são mais intensos na análise., ou melhor, mais ácidos. Mas, o lado da água com ácido provocam mais reflexões e pensamentos que nosso açúcar. Por aqui, nos autocolonizamos com tamanha futilidade midiática.

Se o leitor persistiu na leitura até o final, pode-se perguntar o que motivou esta reflexão. Digo isto, por conta de uma notícia linda na Isto É, “em 2019, foram registrados 208 ataques a veículos de comunicação e a jornalistas, um aumento de 54,07% em relação ao ano anterior, quando foram registradas 135 ocorrências, de acordo com o relatório Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil, divulgado nesta quinta-feira (16) pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj)”. Notícia própria numa semana onde o MPF ignora STF e provoca uma atentado a liberdade de imprensa.

Vivemos no Brasil, uma combinação perigosa, que são os ataques à imprensa; uma tentativa insana de desqualifica-la por parte do governo; o descrédito gerado por fake news e no outro lado o aumento de uma imprensa superficial, pensar 2020 ainda me parece um projeto distante.





4 Comentários

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  1. mi mi mi mi mi mi mi
    snif snif snif snif snif
    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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  2. Outro defensor do escroto daquele americano safado,liberdade de imprensa atacando só um lado,o de quem denuncia os roubos do dinheiro do cidadão brasileiro!

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  3. Verdade, roubos do dinheiro do cidadão brasileiro inundando Cuba e outros cumpanheiros. Fim da midia mortadela.

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