(Divulgação/ESPN) |
Na atração, comandada por André Plihal e com a participação de Bruno Vicari e Paulo Calçade, Cortella escalou do técnico ao atacante o seu time ideal de filósofos, com destaque para Sócrates de técnico, Aristóteles na zaga, Marilena Chauí na ponta e Karl Marx com a camisa 10.
Durante o programa, o pensador ponderou sobre os impactos decorrentes das quantias milionárias investidas no futebol: "O fato do futebol ter se tornado uma mercadoria de altíssimo valor, com jogadores valendo até mais que empresas, causou redução da capacidade do prazer e do acesso à brincadeira. O acesso via gratuidade oferecia um tempo de lazer que teve um impacto social na época. A gratuidade oferecida ao menor fazia com que ele tivesse uma ocupação encantadora e uma convivência ótima naquele momento", comentou.
Cortella também comentou sobre os hinos nacionais tocados na cerimônia de premiação das Olimpíadas, e por que considera que eles destoam do caráter do evento: "Uma Olimpíada é uma junção de esportes para a união dos povos. Mas, no momento de premiação, se toca o hino daquela nação, e quase sempre hinos nacionais são pouco fraternos. A presença dos hinos, principalmente com caráter bélico, fica um pouco contraditória", conclui.
Ao falar sobre o doping, o pensador foi assertivo com os que justificam o uso de substâncias com a ação de outros, "Essa é a argumentação canalha: 'Ah, eu faço porque todos fazem', isso é um valor apodrecido. Quem tem que pautar sua conduta é o certo, não os outros", afirmou.