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Alfredo Sampaio, presidente do Sindicato dos Atletas de Futebol do Rio de Janeiro (Saferj), reagiu negativamente à medida. "Péssima notícia! A preocupação é com todos os clubes, mas o impacto maior será, sem dúvida, nos clubes pequenos. Há jogadores que ganham pouco e dependem do contrato do Estadual para manter o sustento da família o ano inteiro. Eles receberam o último salário em fevereiro, referente à janeiro. Como vão viver sem receber fevereiro, março, abril, mais férias e, possivelmente, maio?",questiona Alfredo.
"A Globo tem contrato até 2024. Não será um mês do final do Estadual que vai comprometer todo o contrato. É uma via de mão dupla. A emissora faz muito pelo campeonato, mas também fatura muito com o produto", completou.
Em nota oficial, a Globo se posicionou diante da suspensão do pagamento da última parcela referente aos direitos de transmissão do Carioca. Leia abaixo na íntegra.
A crise causada pela pandemia do Coronavirus19, que está provocando adiamentos e cancelamentos nos calendários esportivos, faz com que todos os elos que compõem a cadeia produtiva do futebol precisem analisar seus modelos de negócio e renegociar seus compromissos: clubes, federações, empresas de mídia, anunciantes e patrocinadores, entre outros parceiros. Esta não é uma realidade exclusiva do Brasil, e ocorre também em demais competições e modalidades esportivas ao redor do mundo.
Faz parte deste processo a decisão da Globo reavaliar o pagamento de futuros vencimentos - em alguns casos a última parcela - de competições que foram interrompidas ou adiadas, e que ainda não têm data nem formato para voltar a acontecer. Cada caso está sendo tratado segundo suas especificidades. A Globo até o momento vem mantendo o pagamento dos clubes participantes do campeonato brasileiro série A, série B e Copa do Brasil. No caso dos Estaduais, a Globo pagou em alguns contratos 100% e em outros 75% dos valores referentes a esses campeonatos, mesmo com a entrega efetiva de 55% a 65% dos jogos. Alguns pagamentos foram realizados já com as partidas suspensas e precisamos buscar entre todos uma solução de equilíbrio que depende agora de uma revisão completa do calendário anual do futebol brasileiro.
Estamos discutindo diariamente, de maneira transparente e serena, formas de atravessar esse período difícil com todos os parceiros - anunciantes, clubes, federações e CBF - e temos a convicção de que juntos vamos encontrar os melhores caminhos. Até lá, estamos empenhados em soluções criativas que têm assegurado outros tipos de apoio ao futebol brasileiro, com a exposição dos clubes em todas as nossas plataformas, grades de programação e coberturas. Como parceiros de mídia do esporte, temos total interesse em achar um caminho que garanta competições fortes, equilibradas e competitivas.
Tá tudo parado, pra quê continuar pagando?
ResponderExcluirPois é, os caras querem receber por algo que eles não estão oferecendo.
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