Athletico ameaça mostrar jogo contra o Bragantino, mas recua da decisão

(Reprodução)

O Athletico Paranaense manifestou na Justiça nesta quarta-feira (2) que não iria obedecer a decisão da 1ª Câmara Cível do Rio de Janeiro, que não concedeu efeito suspensivo liberando o clube de exibir jogos do Campeonato Brasileiro em seu pay-per-view próprio, o Furacão Play. De acordo com o UOL Esporte, a partida do clube, em casa, contra o RB Bragantino, seria exibida a partir das 20h30 (de Brasília), mas em sua conta no Twitter, os paranaenses anunciaram que não fariam a partida pela falta de decisão judicial.

No documento protocolado no processo envolvendo Athetico, Turner e Globo para a liberação de transmissão de jogos usando a MP do Mandante, o clube alega que o time de Bragança Paulista fechou um acordo com a emissora carioca já com a MP 984, assinada pelo presidente Jair Bolsonaro, em vigor, e que por isso, o Furacão teria direito a exibir especificamente esse jogo, mesmo com o acordo entre Bragantino e Globo dê direitos exclusivos para o pay-per-view.

"Se o contrato da Globo com o Bragantino foi celebrado após a vigência da MP 984, e se a decisão em 2º grau não permite é a retroatividade do novo regime jurídico do direito de arena aos contratos celebrados quando vigente a Lei antiga, é evidente que a decisão proibitiva não abrange as partidas do CLUB contra o Bragantino, cujo contrato de exclusividade com a GLOBO foi celebrado quando já vigente a MP 984/2020", diz o documento.

No entanto, no Twitter, por volta das 19h, o clube afirmou que preferiu não realizar a transmissão do jogo para seus sócios, lamentando toda a questão, afirmando que continuará lutando para democratizar o futebol.

"O Athletico Paranaense lamenta que os Sócios não possam exercer, mais uma o vez, o direito de assistir no Furacão Play ao jogo com mando de campo do Clube. O CAP mobilizou toda a estrutura necessária para a transmissão da partida diante do Red Bull Bragantino, nesta quarta. Porém, a ausência de definição judicial sobre o alcance da liminar obtida pela Rede Globo impede a transmissão e, assim, cerceia os direitos dos Sócios do Clube. Mais lamentável o fato pois, em meio a uma pandemia, torna-se impossível a presença de público nos estádios", afirmou em comunicado publicado.

Na terça (1), a Justiça do Rio negou um pedido de tutela antecipada para exibir os jogos usando a MP do Mandante, que também beneficiaria a Turner. A Globo alega que a MP do Mandante não pode ser usada em contratos já fechados.




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