Coluna do Professor #340, por Albio Melchioretto

(Foto: Sindrádio)

DO OUTRO LADO DA TRANSMISSÃO ESPORTIVA
Quando do surgimento da televisão muito se falou do fim da rádio. O discurso de fim renova-se a cada mudança. O surgimento de uma nova tecnologia não anula a anterior. Porém ela exerce uma mudança de paradigmas. O rádio, por exemplo, virtualizou-se, digitalizou e hoje a acessamos por múltiplas plataformas. Hoje a acessamos pela frequência modulada (FM), pela televisão, pela internet, através de múltiplas ferramentas.

Albio Melchioretto
albio.melchioretto@gmail.com
@professoralbio
Nestes dias, este que vos escreve, teve o prazer de participar como comentarista em rádio, no caso a webRádio Carioca. Uma experiência diferente. Me constitui como pesquisador por meio da mídia escrita. A aventura de compartilhar os mesmos conhecimentos com a mídia falada (rádio) é um novo desafio. E confesso que após a primeira fala senti a diferença de técnica e outras necessidades.

A mídia escrita permite a revisão, a troca de texto. A avaliação por pares e testar a interpretação. No “ao vivo” nada disso é possível. A palavra dita ecoa pela transmissão e não há volta. O feedback é instantâneo e exige uma habilidade de “dobra”. O desafio e a agilidade da análise são condições necessárias. Por vezes me peguei fazendo falas das quais crítico. A análise tática está sobre o fato e impede um olhar na lousa eletrônica. Nunca a liquidez de Bauman fez tanto sentido.

O que fica da experiência inicial é a reflexão sobre a crítica. Há momentos que nossa crítica faz sentido e, em outros, é exagerada. Mas a experiência é válida para o aprendizado pessoal e a certeza que o “vocês da imprensa” é uma generalização apressada e injusta.




1 Comentários

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  1. O rádio não acabou para as emissoras pequenas,agora rádios como a Bandeirantes e a Jovem pan nao tem nada a ver com as antigas. Agora tudo tem câmeras, só falam em política,não que não sua importante,e o futeboljá não é mais o mesmo.Mesmo antes da pandemia, as duas rádios narravam do estúdio,nem repórter mandavam a campo.

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