(Foto: Sindrádio) |
DO OUTRO LADO DA TRANSMISSÃO ESPORTIVA
Quando do surgimento da televisão muito se falou do fim da rádio. O discurso de fim renova-se a cada mudança. O surgimento de uma nova tecnologia não anula a anterior. Porém ela exerce uma mudança de paradigmas. O rádio, por exemplo, virtualizou-se, digitalizou e hoje a acessamos por múltiplas plataformas. Hoje a acessamos pela frequência modulada (FM), pela televisão, pela internet, através de múltiplas ferramentas.
Albio Melchioretto albio.melchioretto@gmail.com @professoralbio |
A mídia escrita permite a revisão, a troca de texto. A avaliação por pares e testar a interpretação. No “ao vivo” nada disso é possível. A palavra dita ecoa pela transmissão e não há volta. O feedback é instantâneo e exige uma habilidade de “dobra”. O desafio e a agilidade da análise são condições necessárias. Por vezes me peguei fazendo falas das quais crítico. A análise tática está sobre o fato e impede um olhar na lousa eletrônica. Nunca a liquidez de Bauman fez tanto sentido.
O que fica da experiência inicial é a reflexão sobre a crítica. Há momentos que nossa crítica faz sentido e, em outros, é exagerada. Mas a experiência é válida para o aprendizado pessoal e a certeza que o “vocês da imprensa” é uma generalização apressada e injusta.
O rádio não acabou para as emissoras pequenas,agora rádios como a Bandeirantes e a Jovem pan nao tem nada a ver com as antigas. Agora tudo tem câmeras, só falam em política,não que não sua importante,e o futeboljá não é mais o mesmo.Mesmo antes da pandemia, as duas rádios narravam do estúdio,nem repórter mandavam a campo.
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