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EL PIBE DE ORO
O mundo perdeu um ídolo. As grandes personalidades ultrapassam as inúteis linhas imaginárias que desenhamos no planeta, que também são chamadas de fronteira. Um ídolo não tem fronteira, ele tem uma história. O mapa de postagem do Twitter mostrou o alcance da popularidade de um ídolo no dia de sua despedida terrena. O Brasil marcou presença forte nas homenagens. O mundo se curvou, cada qual com seus limites e suas lembranças. Inclusive em lugares onde o futebol não é tão popular. Como explicar isso? Um amigo me disse, “quem é melhor, Pelé ou Maradona?, o melhor é o futebol que contou com os dois gênios!”. Só um gênio para agregar tantas mensagens e manifestações de todos os lugares.
O gigante da Beira Rio de azul. Como imaginar o azul no Internacional? Algo impensável, pela rivalidade provinciana. Mas ela está no campo e não nos valores humanos. Como não se emocionar ao ver o estádio de azul? Ou ainda, os “All Blacks” gritando Maradona no início da partida contra a Argentina, no sábado, 28. O Rúgbi é uma grande metáfora da vida, e ver os adversários com a camisa 10 Maradona deixa qualquer um com a voz embargada. Lindo demais.
Albio Melchioretto albio.melchioretto@gmail.com @professoralbio |
A minissérie Maradona by Kusturica, de 2008, retrata a vida do jogador além do campo. Recomendo. Não nos cabe o julgamento moral. Como é triste ver as manifestações moralistas, carregadas de ódio. Aos crimes, existe a denúncia, a investigação, o julgamento e por fim, se for, a condenação. Se você não considera justo este caminho, lute por um sistema melhor, mas não denigra a genialidade da bola diante da imperfeição do homem. A coluna é para o jogador!
“Um dia muito triste para todos os argentinos e para o futebol. Ele nos deixa, mas não sai, porque o Diego é eterno” (Leonel Messi).
Depois de vice-rei da bola, virou rei do pó.
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