Coluna do Professor #346, por Albio Melchioretto

(Reprodução)

LEITURAS PARA 2021

Aos leitos os mais sinceros desejos de um bom 2021. Que tenhamos melhores condições sociais e que juntos possamos encontrar saída para os diferentes problemas que assolaram o último ano, e que toda problemática em torno do COVID-19 seja superada. A primeira coluna do ano, após algumas semanas de descanso, é um olhar especulativo sobre o que 2021 develará. O texto está divido em quatro partes. Partirei da reflexão do ano que se findou, para na sequência refletir sobre o futebol, o automobilismo e por último algumas perspectivas gerais dos serviços de streaming.

A grande marca de 2020 foi o vírus do SARS-CoV-2, a pandemia do COVID-19. No espaço da mídia esportiva, os primeiros meses de alastramento da doença no Brasil provocaram mudança significativa na grade esportiva. Os eventos sumiram e nos tornamos espectadores de reprises. O pós-pandemia marcou um retorno de investimentos do grupo Bandeirantes ao esporte, trazendo torneios para o Bandsports e recriando a faixa esportiva do domingo no canal aberto. Os bastidores da fusão Fox Sports / ESPN escancarou que tais processos são da ordem do neoliberalismo. Faltou ao processo um olhar para os colaboradores envolvidos. Nessa hora fica clara a falha do CADE e a fraqueza do sindicato. O problema não foi a fusão, mas sim, o abandonado do capital humano. A pandemia alterou o cenário econômico, estabelecendo outros-preços, e a fusão fortificou um player, a Disney e por último, para quem imaginava apenas dois grupos no Brasil, é preciso lembrar que existem outros, como o grupo Bandeirantes, e outras forças que aparecem, como o SBT. Evidente, que apensar de esvaziamento do esporte nos grupos Record e RedeTV!, não se pode desprezar a presença deles e ainda, há a força da Turner com o TNT Sports.

Albio Melchioretto
albio.melchioretto@gmail.com
@professoralbio
Diante deste cenário o futebol apresenta-se com duas possibilidades a serem avaliadas. Primeira, os famigerados estaduais. A Globo deverá concentrar a primeira fase nos canais Sportv e Premiere daqueles que ainda tem direito. Bahia e Paraná estarão de casa nova. Rio de Janeiro, indefinido no momento. A maior das competições de clube, a Champions, está aberta e ela deverá dar o tom para a aquisição de outras competições. Rumores dão conta da necessidade de voltar para a televisão aberta. Será que teremos alguma novidade?

Nos gramados temos vários questionamentos, e nas pistas não é diferente. Duas novidades já foram anunciadas. Primeira, a Fórmula E na TV Cultura, e a Stock Car na Band. A Band possui experiência e tem o grande nome de Reginaldo Leme. Já a TV Cultura, apesar da retomada recente do esporte, terá que montar uma equipe para a velocidade. Duas incógnitas pairam no ar, como ficará a NASCAR com o grupo Disney e o futuro da Copa Truck, permanecerá no Sportv, estará no grupo Band?

As perspectivas para o ano são de otimismo com as Olimpíadas, porém há um cenário de preocupação. Os números do DAZN e a devolução de diversos direitos de transmissão evidenciam uma queda vertiginosa. Por outro lado, em junho chegará o Star+, serviço de streaming do grupo Disney com os canais esportivos. Será que isso representará uma melhora na qualidade do WatchESPN? Além dos consagrados, o esporte alternativo promete chegar forte no streaming este ano. Tempo de Olimpíada sempre é um tempoespaço de investimento e de novidades. Que 2021 possa nos surpreender.

A coluna termina saudando as mais de 200 mil vítimas brasileiras e suas respectivas famílias. Não é possível relativizar as mortes.




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