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A repórter Charlene Araújo chamou atenção na transmissão da partida entre CRB x Botafogo/PB, válida pela Copa do Nordeste e disputada neste domingo (21). É que ela estava de turbante e quelê, um colar de búzios.
De acordo com a coluna de Gabriel Vaquer, no UOL Esporte, Charlene é praticante do candomblé há aproximadamente dois anos e passou por sua iniciação há pouco tempo, tornando-se uma Iaô, ou seja, uma filha de santo que passará os próximos sete anos aprendendo rezas, cantigas e preceitos da religião.
Segundo Charlene, ela está no período de preceito, em que precisa utilizar os símbolos de proteção (turbante e quelê) entre outros acessórios que não são visíveis. Ele dura em média três meses.
"No início, eu estava insegura em ter que trabalhar desse jeito. Mas, depois pensei: 'Como as pessoas vão deixar de ter preconceito com a minha religião se eu tiver receio de mostrar quem sou?'. É uma religião como outra qualquer, e as pessoas precisam se acostumar a ver isso de forma natural", disse.