Abel Ferreira é criticado por resposta machista a repórter da BandNews FM

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Repercutiu muito mal a resposta de Abel Ferreira a um questionamento da repórter Alinne Faneli, da BandNews FM, na noite deste sábado (24), na coletiva de imprensa após a partida entre Palmeiras x Cuiabá. 

Quando perguntado sobre a lesão do lateral Mayke, Abel Ferreira interrompe a repórter e soltou a seguinte declaração: “Vocês têm que entender que eu tenho que dar satisfação a três mulheres só. Minha mãe, minha mulher e a presidente do Palmeiras. São as únicas que têm o direito de falar comigo e pedir explicações. Por que perdeu? Por que se lesionou? Os outros podem falar, se manifestar, podem elogiar e podem criticar, porque o treinador tem que saber ouvir elogios e críticas”.

Nas redes sociais, a BandNews FM rebateu a declaração e demonstrou total solidariedade a Alinne Faneli. "“Tem Mulher na Área” não é apenas um quadro da BandNews FM. É um lema de uma rádio que tem no seu DNA o respeito às mulheres, das ouvintes às profissionais que fazem desse veículo de comunicação um dos principais do Brasil. Neste sábado, a nossa repórter Alinne Fanelli foi desrespeitada ao exercer sua profissão. O machismo indiscutível demonstrado pelo técnico Abel Ferreira é injustificável e indefensável. Postura que certamente não representa as milhares de torcedoras do Palmeiras que, assim como a jornalista Alinne Fanelli, trabalham com profissionalismo e dedicação, independentemente do setor. À nossa repórter, solidariedade e respeito!".

Neste domingo (25), a repórter se manifestou sobre o episódio. "Oi gente. Muito obrigada pelas milhares de mensagens e pelo carinho! Estou totalmente concentrada para mais uma transmissão na BandNews FM, hoje, em São Paulo x Vitória. Neste momento, vou focar neste trabalho que vem pela frente. Depois da jornada, voltamos a falar. Obrigada", publicou.

Após a polêmica, o técnico Abel Ferreira se manifestou sobre o fato, por meio de nota, na qual diz ter sido infeliz em sua fala e pedindo desculpas à repórter.

A nota na íntegra
Após o jogo de ontem, ainda no ônibus que nos trouxe de volta a São Paulo, telefonei para a repórter Alinne Fanelli a fim de lhe dizer que não tive, de forma alguma, a intenção de lhe causar qualquer constrangimento.

Utilizei a pergunta da referida profissional para transmitir uma mensagem que já estava na minha cabeça, sem me dar conta de que, naquele contexto, a declaração poderia gerar uma interpretação diferente e soar hostil.

Quando concedo uma entrevista coletiva, entendo que não estou respondendo diretamente à repórter, ou ao repórter, que me faz a pergunta, mas sim a todos os presentes na conferência e também aos nossos atletas e torcedores e a todos aqueles que acompanham por diferentes veículos de comunicação. Tanto é verdade que, nesta mesma resposta, eu utilizo o pronome “vocês”, no plural, em vez de ”você”.

Lembro que, também, na entrevista de ontem, expressei a minha admiração pela presidente Leila Pereira e o orgulho que sinto por ser liderado por uma mulher.

Reconheço, contudo, que fui infeliz em minha resposta e, por esse motivo, fiz questão de procurar a Alinne e me retratar e esclarecer o que considero ter sido um mal-entendido.

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